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Laboratório de Paleomagnetismo do ON recebe R$ 4,77 milhões em financiamento da Finep
A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) anunciou na última semana que vai liberar nos próximos dias cerca de R$ 67 milhões para que as Unidades Vinculadas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), entre elas o Observatório Nacional (ON/MCTI), possam desenvolver projetos estratégicos no País.
De acordo com o presidente da Finep, Celso Pansera, o papel da financiadora é impulsionar e fazer acontecer:
“Estamos conversando com os atores do sistema, buscando dinamizar P&D em todas as temáticas. As portas aqui são sempre abertas às vinculadas, com papel primordial na cadeia de CTI”, disse.
Presente na ocasião do anúncio, o diretor do ON, o prof. Jailson Souza de Alcaniz, celebrou a liberação dos recursos que serão utilizados em vários projetos institucionais e, em particular, no Laboratório de Paleomagnetismo e Mineralogia Magnética do ON ( LP2M-ON ). Em fase final de implementação, o laboratório realizará pesquisas e prestação de serviços em Magnetismo Ambiental, Magnetoestratigrafia e Cicloestratigrafia.
O LP2M-ON receberá recursos no total de R$ 4.774.328,94 no âmbito do projeto “ Aquisição de magnetômetro supercondutor triaxial para laboratório multiusuário de Paleomagnetismo e Mineralogia Magnética do ON ”, sob responsabilidade do pesquisador do ON, Dr. Daniel R. Franco, coordenador deste laboratório. Até o momento, o LP2M-ON já contava com investimentos institucionais diretos e de agências de fomento à pesquisa da ordem de R$ 3,2 milhões (sendo mais de R$ 2 milhões em equipamentos já adquiridos). O laboratório será um dos únicos da América Latina que possibilitará estudos baseados em magnetismo de geomateriais e suas mais diversas aplicações relacionadas a processos geológicos e ambientais, além de colaborações com o setor produtivo (mineração e exploração de hidrocarbonetos).
Além disso, o LP2M-ON também permitirá a complementação da tradicional atividade desta instituição em investigações sobre o campo magnético da Terra, permitindo observações deste tipo de registro para o passado geológico profundo.
Segundo Daniel Franco, responsável pelo projeto FINEP, “os recursos disponibilizados serão destinados à compra de um magnetômetro triaxial SQUID modelo 755-4K (2G Enterprises, USA), o que colocará o LP2M-ON em condições de realizar investigações paleomagnéticas e magnetoestratigráficas nos mais altos padrões científicos. Será o principal equipamento multiusuário deste laboratório, que já se encontra disposto na Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa MCTI. Este magnetômetro representa o que há de mais moderno para a medição de magnetizações muito baixas, além de permitir a capacidade de medição de pequenos volumes de rocha (inferiores a 1 cm^3). Este equipamento pode ser empregado, por exemplo, em estudos com amostras exibindo conteúdo muito baixo de minerais magnéticos (como no caso de rochas carbonáticas, frequentes em registros sedimentares oceânicos, entre outros), e também possibilita medidas em testemunhos de sondagem.”
Também estiveram presentes no anúncio da Finep, na sede da financiadora, Marcio Albuquerque, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Silvia Cristina Alves França, diretora do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Iêda Maria Vieira Caminha, diretora do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e Marcio Ferreira Rangel, diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST).
Além do presidente, pela Finep, participaram Fernando Peregrino, chefe de Gabinete, o assessor Wanderley de Souza (ex-presidente da Financiadora) e o superintendente Ricardo Rosa.
No encontro, o grupo debateu prioridades e sinalizou a importância de impulsionar laboratórios, centros de pesquisa e toda a tecnologia de ponta que garanta liderança científica às iniciativas brasileiras.
Presidente Celso Pansera (na cabeceira) reuniu diretores de vinculadas