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Laboratório de Desenvolvimento de Sensores Magnéticos do ON recebe visita de dirigentes da Marinha do Brasil
O Laboratório de Desenvolvimento de Sensores do Observatório Nacional (LDSM/ON) recebeu, na quinta-feira (29), a visita de dirigentes da Marinha do Brasil. Visitaram as instalações do LDSM/ON o Contra-Almirante (EN) Marcio Ximenes Virgínio da Silva e o Capitão de Mar e Guerra (EN) Salvador Ramos da Silva Neto, ambos do Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN). A visita faz parte de um esforço de colaboração entre instituições científicas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Marinha do Brasil.
Os representantes da Marinha tiveram a oportunidade de conhecer a nova sala magneticamente blindada do LDSM/ON, destinada à realização de calibrações e ao desenvolvimento de sensores magnéticos de alta resolução. Desde a sua criação, o laboratório vem se destacando no desenvolvimento de magnetômetros de grande precisão, tecnologia inicialmente exportada para a Índia no final dos anos 1990. Em 2014, com o objetivo de substituir equipamentos importados há quase três décadas, o LDSM desenvolveu um protótipo de sensor utilizando tecnologia nacional. Desde 2017, a Base Naval de Aratu, na Bahia, opera com 35 magnetômetros fluxgate projetados e construídos pelo LDSM.
No LDSM, da direita para a esquerda, os Drs. André Wiermann e Luiz Benyosef, Almirante Ximenes e Comandante Salvador.
Com mais de 20 anos de atuação, o LDSM tem desenvolvido e calibrado instrumentos geomagnéticos para diversas instituições no Brasil e no exterior. A nova etapa de modernização do laboratório inclui uma sala magneticamente blindada e instrumentação eletrônica avançada, para desenvolver novos sensores de alta definição e baixo nível de ruídos, que são utilizados em diversas áreas, como prospecção mineral, navegação magnética, sistemas táticos militares e calibração instrumental.
A visita dos dirigentes do CPSN ao LDSM visa a continuidade de projetos conjuntos, com o objetivo de reduzir custos de importação, capacitar pessoal qualificado e elevar o nível técnico-científico do Brasil em tecnologias estratégicas.
Última foto à direita mostra o início dos testes, em 2014, com um magnetômetro especialmente projetado e construído pelo LDSM, sendo lançado ao mar, para substituir os similares importados.