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5ª CNCTI
Diretor do ON destaca pesquisa básica em astronomia, colaborações institucionais e divulgação científica como essenciais para futuro do Setor Espacial
O diretor do Observatório Nacional (ON/MCTI), Dr. Jailson Alcaniz, participou na tarde de terça-feira (30) do painel sobre a “Estratégia Brasileira para o Setor Espacial” durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), realizada de 30 de julho a 1º de agosto em Brasília. Em sua fala, Jailson destacou o que considera essencial para o futuro do setor espacial no Brasil, enfatizando a pesquisa científica como um motor para o desenvolvimento tecnológico, as colaborações internacionais e a divulgação científica.
Além de Jailson, participaram do painel coordenado por Marcos Chamon (AEB): Dr. Gilberto Câmara, pesquisador sênior do INPE; Dr. Wagner José Corradi Barbosa, diretor do LNA, Dr. Clezio Marcos de Nardin, diretor do INPE; e Rodrigo Alvim, Brigadeiro da Aeronáutica.
Durante o painel sobre a estratégia espacial, os palestrantes discutiram a necessidade de engajar a sociedade no desenvolvimento de uma nova Estratégia Nacional de Inovação Científica e Tecnológica para os próximos 10 anos, com foco no setor espacial. Eles ressaltaram a importância da gestão tecnológica e de recursos humanos, colaboração e acumulação de expertise para avançar na área, bem como a necessidade de abrir portas para novas oportunidades e enfrentar os desafios atuais.
Painel Estratégia Brasileira para o Setor Espacial
Domínio das tecnologias, pesquisa básica, colaboração e divulgação científica
Em sua fala, Jailson ressaltou a relevância do domínio das tecnologias espaciais para a soberania nacional, especialmente para um país de dimensões continentais como o Brasil.
“Monitorar esse território para proteger as nossas riquezas é algo extremamente importante. Isso só é possível dominando as tecnologias espaciais, o que se traduz no fortalecimento do programa espacial brasileiro,” afirmou Jailson Alcaniz.
Além disso, Jailson enfatizou a necessidade de incluir a pesquisa básica em Astronomia e Astrofísica nas discussões sobre o setor espacial, já que o objeto de estudo nessas áreas é o próprio espaço.
Diretor do ON destaca o que considera essencial para o futuro do setor espacial no Brasil
O diretor do ON destacou também a colaboração entre o Brasil e outros países em missões espaciais com foco em astronomia e astrofísica, apontando que, embora pesquisadores brasileiros já participem de iniciativas internacionais, é necessário fortalecer as colaborações institucionais.
Jailson sugeriu ainda a realização de experimentos de baixo custo no setor espacial como uma forma de desenvolver novas tecnologias e contribuir para a pesquisa científica.
Conforme lembrou Jailson, em abril deste ano, o Observatório Nacional sediou uma conferência que abordou a astronomia e a astrofísica no Brasil. Esse evento resultou em recomendações para o envolvimento do país em grandes projetos internacionais, como o Observatório Europeu do Sul (ESO). Segundo o diretor do ON, essas colaborações têm potencial para trazer benefícios significativos para a comunidade científica brasileira e potencial retorno dos investimentos.
Com relação ao futuro do programa espacial, Jailson enfatizou a necessidade de colaborações internacionais e a importância da divulgação científica, que considera crucial para que o programa espacial brasileiro seja reconhecido e valorizado pela sociedade.
Sobre a 5ª CNCTI
A 5ª CNCTI, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem como tema "Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido".
O evento conta com mais de 270 eventos preparatórios e envolveu mais de 100 mil pessoas de diferentes setores sociais em todos os estados do Brasil.
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Assista a participação do Diretor do ON na 5ª CNCTI em: https://www.youtube.com/watch?v=DfX2IkSzU7w
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Acompanhe todo o evento em: https://www.youtube.com/@mcti/streams