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Desenvolvimento de tecnologia digital para apoiar a divulgação e popularização da Ciência
Nos últimos anos, a Divisão de Tecnologia da Informação do ON tem desenvolvido diversos artefatos tecnológicos que contribuem para a popularização e divulgação científica institucional. Tais tecnologias são capazes de transmitir conhecimento de maneira lúdica e contemporânea, além de estimular a participação do público visitante na construção do próprio conhecimento.
Para falar sobre o uso de tecnologias inovadoras na divulgação e popularização da Ciência, o programa Ciência no Rádio, parceria do ON com a Rádio MEC, conversa hoje com o Mestre em Novas Tecnologias Aplicadas à Educação, Jorge Mansur. Ele é doutorando em Engenharia de Sistemas Complexos (PPGI – UFRJ) e chefe da Divisão de Tecnologia da Informação do Observatório Nacional.
Conforme explica Mansur, a tecnologia digital revolucionou a forma como divulgamos a ciência. A tecnologia proporciona recursos visuais, interativos e imersivos que aumentam a compreensão do público, estimulando o interesse pela ciência. A democratização do conhecimento científico é um dos maiores benefícios desse impacto, tornando a ciência mais acessível e aproximando-a da vida cotidiana das pessoas.
O ON desenvolve diversos dispositivos tecnológicos para levar à exposições, escolas, simpósios e eventos científicos em geral. Fazemos uso de tecnologias como Inteligência Artificial, Realidade Virtual e Realidade Aumentada.
Além disso, pesquisadores e divulgadores científicos do ON ministram palestras em eventos sobre a importância de aparatos tecnológicos na divulgação e popularização da Ciência, divulgando o trabalho que fazemos no ON e trocando informações sobre essas novas tecnologias e suas diversas aplicações.
Contudo, há alguns desafios significativos ao desenvolver ferramentas digitais para divulgação científica. É preciso equilibrar a simplicidade com a precisão pedagógica e científica das informações. Precisamos conseguir transmitir conceitos científicos, muitas vezes complexos, de maneira compreensível sem comprometer a veracidade das informações.
Além disso, a adaptação ao público-alvo é essencial. Afinal, diferentes grupos podem ter níveis de conhecimento e interesses variados. Outro desafio é manter a atenção do público. É preciso criar conteúdos atraentes e relevantes para manter o interesse.
A interatividade por meio da ludicidade é uma ferramenta poderosa para aumentar o engajamento e a compreensão do público na popularização da ciência. Ao permitir que o público participe ativamente, as tecnologias digitais tornam o aprendizado mais envolvente.
Por exemplo, simulações por Realidade Aumentada permitem que as pessoas experimentem conceitos científicos e fenômenos astronômicos, aumentando sua compreensão.
Esses dispositivos também estimulam o público a “pensar” e formular suas próprias questões e não apenas receber informações passivamente como se fosse um depósito do educador. Além disso, o recurso digital poupa o cansaço da voz do mediador. Tecnologias como IA, RA e RV oferecem oportunidades para potencializar a divulgação e popularização científica. Por exemplo, o Observatório desenvolve alguns experimentos que abrangem essas tecnologias, tais como:
“Desenvolvemos por meio da realidade virtual um experimento em que o público pôde observar o eclipse solar total ocorrido em 1919 na cidade de Sobral (CE) que pôde comprovar um dos pressupostos da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein. Por meio desse recurso lúdico transmitimos conhecimento e potencializamos o interesse do público por meio de uma tecnologia envolvente e imersiva”, diz Mansur.
Quanto à Realidade aumentada, o ON desenvolve o que chamamos de “Livrão da Astronomia em RA”, por meio do qual é possível transmitir conhecimento sobre as quatro principais áreas da astronomia de forma impressa, em formato de livro, e em formato tridimensional, ao exibir os principais objetos em uma tela de televisão. Esta tecnologia permite maior interatividade do público para assimilação de novos conhecimentos científicos.
Por último, o ON desenvolve também, por meio de Inteligência artificial, os artefatos “Astrolito” e “Aurora”. Esses artefatos exercem a função de mediadores virtuais em eventos científicos. São capazes de interagir, aprender e transmitir conhecimento ao público. Seu maior diferencial é coletar o conhecimento prévio do público visitante e oferecer uma experiência mais rica conforme o perfil de conhecimento.
Sobre o Programa Ciência no Rádio
O programa Ciência no Rádio é resultado de uma parceria do Observatório Nacional (ON) com a Rádio MEC, criada em 2015 para levar ao público informações científicas ligadas às três áreas de atuação do ON: astronomia e astrofísica, geofísica, metrologia em tempo e frequência. São mais de 300 programas ao longo desses anos! E todos estão disponíveis em nosso site Clique aqui para ouvir.
Em maio de 2021, o "Ciência no Rádio" passou a ser transmitido também por outras frequências, alcançando São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília, além do Rio de Janeiro. Além disso, passou a ser disponibilizado um contato de WhatsApp para que o ouvinte possa interagir com sugestões de temas para o programa: (21) 99710-0537.
Não perca! Na 4ª feira, dia 16 de agosto, às 7h10min!
Programa Rádio Sociedade, quadro Ciência no Rádio, Rádio MEC AM.