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Chuva de meteoros pode ser vista esta semana
Maio tem chuva de meteoros visível até o dia 26: a Eta Aquariid, ou Eta Aquáridas, que terá seu pico na madrugada do dia 6. Há previsão de submáximos que poderão ser vistos do Brasil, no dia 5 de maio, às 2h49 e em torno de 4h35 (horário de Brasília). Entretanto, a luz da lua interferirá na observação dessa chuva nos dias previstos de seus máximos.
"Mesmo com a Lua atrapalhando nestes períodos, vale a pena passar a madrugada observando, pois é possível que haja uma atividade acima da usual", orienta o astrônomo Marcelo De Cicco, doutorando do Observatório Nacional.
A Eta Aquáridas recebeu este nome, porque o seu radiante está localizado na constelação de Aquário, próximo da estrela mais brilhante da constelação, a Eta Aquarii. É formada por fragmentos do Cometa Halley, um cometa com período orbital de cerca de 75,3 anos e seu próximo periélio será no ano de 2061, quando poderá ser visto novamente da Terra. O Halley também é a origem da chuva de meteoros Orionids, que ocorre em outubro.
"Os meteoros dessa chuva são muito rápidos e produzem uma alta porcentagem de rastros persistentes, mas poucos bólidos, oferecendo uma taxa que varia de 20 a 40 meteoros por hora no momento de seu pico. Pode atingir 60 meteoros/hora, em lugares bem longe da poluição luminosa, onde a constelação de Aquário esteja bem alta no céu e sem Lua", explica Marcelo De Cicco.
Nesta chuva, o hemisfério sul é o mais favorecido, recebendo uma taxa em dobro de meteoros em relação ao hemisfério norte. A chuva de meteoros Eta Aquariids será visível em todo o Brasil.
Os meteoros deixam um risco luminoso no céu, popularmente chamados de "estrelas cadentes". As chuvas de meteoros não representam riscos para a Terra e acontecem em praticamente todos os meses, algumas com mais intensidade e ampla visibilidade.
Quem registrar imagens de meteoros desta chuva pode enviá-las ao projeto Exoss, coordenado por Marcelo de Cicco, usando a ferramenta bolido.exoss.org .
Sobre a Exoss
A EXOSS é uma rede colaborativa, que busca conhecer as origens, natureza e caracterização de órbitas dos meteoros. Para isso, integra as estações de monitoramento montadas por seus associados, obtendo imagens em diversos locais – entre os quais, na sede do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, e no Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica, também do ON, em Itacuruba, Pernambuco. Essa rede reúne e analisa, ainda, os relatos e imagens enviadas pelo público.
Na página da EXOSS na Internet é possível obter mais informações sobre a rede e ver maneiras de colaborar. A EXOSS também dá dicas de como fotografar meteoros, explica os fenômenos, oferece estatísticas de meteoros e meteoritos e orienta os interessados para fazer observação visual, além de mostrar imagens em tempo real das estações instaladas.
Meteoro registrado pela estação do projeto Exoss em 18 de abril
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