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Chuva de meteoros Perseidas tem pico na madrugada de 13 de agosto
Na madrugada do dia 13 de agosto (de sexta para sábado) ocorre o pico da chuva de meteoros Perseidas. Esse fenômeno resulta da passagem do planeta Terra pela região do espaço onde estão os detritos deixados pelo cometa 109P/Swift-Tuttle, que dá uma volta em torno do Sol a cada 133 anos.
De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss , parceiro do Observatório Nacional, esta é uma chuva de meteoros que favorece os observadores do Hemisfério Norte. Em seu pico, os observadores podem esperar ver de 50 a 75 meteoros por hora, nas condições ideais.
No entanto, no hemisfério sul essa observação será um tanto limitada. Segundo de Cicco, quem estiver nas regiões Norte e Nordeste do Brasil pode conseguir observar a chuva. Isso ocorre devido à posição do radiante das Perseids, que é visto na constelação de Perseu. O radiante é um ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir.
“Quanto mais baixo está o radiante no céu, menos irradiação de meteoros se pode assistir. E como as Perseidas estão baixas no horizonte, aqui no hemisfério sul, só será possível observar uma parte dos meteoros, cerca de um quinto ou um terço dessa região total que está irradiando”, explica de Cicco.
Apesar de a observação da chuva ser mais facilitada nas regiões Norte e Nordeste, a luminosidade da lua deve dificultar a visualização das “estrelas cadentes”. Isso porque no dia 13 de agosto a lua estará quase cheia no céu.
Registro de um meteoro das Perseidas em 7 de agosto de 2010 – Springfield, Vermont. Créditos: Dennis di Cicco
Para tentar observar as chuvas de meteoros é necessário estar em um local com baixa poluição luminosa. Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta e é imprescindível que o tempo esteja bom.
"A constelação de Perseu será visível a Leste, sentido onde o Sol nasce, a partir das 2 horas da manhã (UTC), ou seja, por volta das 23 horas do dia 12, no horário de Brasília. Portanto, este é o horário recomendado para iniciar a observação dessa chuva de meteoros", destaca o astrônomo.
Como mencionado, as Perseidas (ou Perseids) são originárias do cometa 109P/Swift-Tuttle, que foi descoberto em 1862 por Lewis Swift e Horace Tuttle. A última vez que ele visitou o sistema solar interno foi em 1992.
O que são chuvas de meteoros?
As chuvas de meteoros são fenômenos dos mais apreciados pelos amantes da Astronomia. Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço.
Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação, formando um “rastro” brilhante.
Quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, temos uma chuva de meteoros. Esse fenômeno acontece quando nosso planeta passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas.
Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.
Segundo Marcelo de Cicco, do ponto de vista científico, o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra. A partir disso, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos. Outro ponto a considerar tem relação com o estudo da formação do Sistema Solar. Afinal, através da pesquisa das propriedades dos meteoros, pode-se aferir as características dos cometas.