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Defesa da Tese de Doutorado com dados do OASI
Me. Filipe Vieira de Melo Monteiro, aluno da Pós-Graduação em Astronomia do ON, defendeu a sua Tese de Doutorado no dia 22/06/2020. O trabalho intitulado "Propriedades física de asteroides em órbitas próximas da Terra determinadas a partir da análise de suas curvas de luz", sob a orientação da Dra. Daniela Lazzaro, foi desenvolvido a partir de observações realizadas no OASI.
Neste trabalho, foram obtidos dados fotométricos de aproximadamente 90 asteroides, em sua maioria membros da população dos NEOs, com o telescópio de 1 metro do Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI, Itacuruba-PE) do projeto IMPACTON. O objetivo das observações foi determinar o período de rotação, a direção do polo de rotação e o modelo de forma dos objetos selecionados. Uma análise de séries de Fourier foi utilizada para derivar os períodos de rotação enquanto as direções do polo de rotação e os modelos de forma foram obtidos através da aplicação do método de inversão de curvas de luz.
Foram determinados os períodos de rotação de 44 NEOs e 10 de asteroides do Cinturão Principal, com valores entre 2 e 15 horas. Para outros 12 NEOs, foi obtida apenas uma estimativa para o período de rotação. A direção do polo de rotação e modelo de forma foram obtidos para 6 NEOs e um objeto do Cinturão Principal. Também foi realizado um estudo detalhado do PHA (436724) 2011 UW158 cuja rotação rápida, de cerca de 36 minutos, foi utilizada para analisar sua estrutura interna restringindo a força de coesão necessária para mantê-lo intacto mesmo com a alta rotação. Por fim, foi investigada uma amostra de 27 NEOs candidatos a serem sistemas binários devido a apresentarem uma rotação de cerca de 2 horas e uma baixa amplitude da curva de luz. Foram encontrados indícios de binaridade para 12 desses objetos enquanto para outros 5, já confirmados como binários, foram investigadas suas propriedades físicas. Vale ser ressaltado que este estudo mostra que o binário 2017 YE5 possivelmente tem uma origem cometária, o que confirma a existência de cometas entre os NEOs.