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Acervo digitalizado documenta período ativo da companhia, que mudou os rumos do teatro brasileiro
MLS disponibiliza online acervo do Teatro Brasileiro de Comédia
Inaugurado em 1948 no bairro da Bela Vista, na região central paulistana, por iniciativa do industrial de origem italiana Franco Zampari (1898-1966), o Teatro Brasileiro de Comédia transformou os rumos da cena teatral brasileira.
Marco na história da arte dramática nacional, o TBC colaborou para a profissionalização do setor e abrigou alguns dos principais nomes do teatro brasileiro em todos os tempos, como Cacilda Becker, Cleyde Yáconis, Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Nydia Licia, Paulo Autran, Sérgio Cardoso, Tônia Carrero e Walmor Chagas. Levou aos palcos, além de célebres peças internacionais, textos de dramaturgos brasileiros como Abílio Pereira de Almeida, Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade e Lucia Benedetti.
Especializada nas artes do espetáculo – teatro, dança, ópera e circo – e em fotografia, a Biblioteca Jenny Klabin Segall, do Museu Lasar Segall, guarda um acervo relacionado ao TBC que abarca diferentes tipos de materiais sobre 223 montagens teatrais realizadas durante o período de existência da Companhia. É o primeiro desta amplitude a ser digitalizado e colocado agora à disposição do público.
O acervo
Proveniente de diferentes doações realizadas nos anos 1970 e 1980 por figuras eminentes da cena teatral paulista como a atriz Cleyde Yáconis (1923-2013), o homem de teatro Milton Andrade (1937-2009) e da coleção da Escola de Arte Dramática da USP, reunida originalmente por Alfredo Mesquita (1907-1986), entre outros, o vasto conjunto documental reúne a memória das atividades da companhia TBC durante seus 16 anos de intensa atividade (1948-1964).
O acervo inclui programas, cartazes, convites, folhetos, críticas e outros itens, que foram digitalizados pela Biblioteca Jenny Klabin Segall graças a financiamento do Edital Proac (Programa Ação Cultural – Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo) voltado à Implantação de bibliotecas digitais. O projeto foi realizado em parceria com a Funarte, atual proprietária do TBC, e da FAPESP/SciELO/Bireme.
“A digitalização e disponibilização é de grande interesse cultural uma vez que contribui para a preservação desse acervo e garante às futuras gerações o acesso a esses documentos, sem que seja necessário recorrer aos originais em papel”, explica o coordenador da Biblioteca Jenny Klabin Segall, Paulo Pina.
Como consultar
Todo o acervo digitalizado do TBC poderá ser consultado pelo público através do site da Biblioteca Jenny Klabin Segall. Acesse a página e assista a vídeo explicativo sobre como consultar o novo catálogo online da biblioteca.