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61º Festival Villa-Lobos: Gabriel Ballesté apresenta Villa-Lobos na Guitarra e Duo de flauta e piano com Shen Ribeiro e Rodrigo Felicissimo
25 de novembro às 16h
Gabriel Ballesté, violonista e guitarrista, transpõe para a guitarra elétrica o repertório composto por Villa-Lobos para violão de concerto, incluindo os 5 Prelúdios e a Suíte Popular Brasileira. O duo Shen Ribeiro e Rodrigo Felicissimo por meio de improvisos e interpretações singulares, traz o legado da tradição da música de câmara, genuinamente brasileira, envolta por uma performance versátil feita por estes dois artistas que levam com alegria e afinco o laborioso ofício da música.
Gabriel Ballesté
Formado em violão clássico pela UFRJ, tendo aulas com nomes como Turíbio Santos, Bartholomeu Wiese e Carlos Almada, o músico Gabriel Ballesté atua profissionalmente como guitarrista há mais de 15 anos, tendo lançado o disco instrumental de composições autorais “Factotum” em 2020, alcançando mais de 100 mil streams na plataforma Spotify.
Shen Kyomei Ribeiro (shakuhachi)
Natural de Botucatu – São Paulo, Brasil, cedo começa a sua aprendizagem musical através do canto comunitário. Aos 15 anos inicia o estudo de flauta doce (recorder), piano e canto coral no Conservatório de Música do Instituto Santa Marcelina em sua terra natal. De 1985 a 1987 integrou como flautista as Orquestras Jovens do Município de São Paulo e do Estado de São Paulo sendo presidente dos comitês das orquestras, e durante este período de trabalho orquestral e de pesquisa de sonoridade da flauta transversal e flautas tradicionais de vários países, teve a oportunidade de ouvir uma gravação de flauta japonesa tradicional o “Shakuhachi”, uma flauta feita de bambu com cinco orifícios com uma sonoridade muito especial, a beleza e profundidade do som desse instrumento determina novos rumos em sua carreira. Em 1987 Shen partiu para o Japão na cidade de Tóquio para especializar-se no estudo do Shakuhachi e cultura tradicional japonesa. Em 1988 ingressou na Universidade de Belas Artes de Tóquio e foi um discípulo direto do Professor e Mestre Goro Yamaguchi (Tesouro Nacional Japonês). Tem 6 Cds gravados. Em 1998 foi convidado para tocar para a Imperatriz do Japão em um recital na casa do Embaixador da Argentina em Tóquio. No ano de 1999 foi convidado a tocar Shakuhachi para o Imperador do Japão em sua residência no Palácio Imperial de Tóquio. Como concertista apresentou-se em inúmeras salas de concertos no Brasil, Japão e Europa, interpretando um repertório muito variado de estilos e autores, confraternizando temas clássicos, populares e tradicionais. Em 2004 volta ao Brasil. E em 2016 participa do encerramento das olimpíadas no Rio de Janeiro, interpretando Canto de Xangô de Baden Powell ao shakuhachi. O tema de seu trabalho e a comunhão das pessoas através das diferentes sonoridades das flautas que toca. A universidade o não preconceito e a humanização estão sempre presentes nas suas interpretações musicais. Atualmente vive em São Paulo, lecionando e tocando o Shakuhachi estilo kinko, representando a Associação Chikumeisha do Japão e participa como convidado de gravações de músicos brasileiros. É o atual diretor do Instituto Cultural Çarê.
Rodrigo Felicissimo
Nasceu em São Paulo, onde iniciou sua educação musical na Escola Rudolf Steiner de São Paulo. É regente e pesquisador postdoc nas áreas de criação musical e musicologia. Foi pesquisador visitante da Universidade da Califórnia, Riverside e da Faculdade de Artes da Universidade de Helsinque. Seu PhD, foi obtido na Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP, 2014), versou sobre os processos de criação musical, com a tese “Estudo Interpretativo da Técnica Composicional Melodia das Montanhas”, utilizada nas peças orquestrais: New York Sky-Line Melody e Sinfonia No. 6, de Heitor Villa-Lobos. Sua formação acadêmica inclui: o mestrado em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP, 2007) com a dissertação “Paisagem Sonora do Espaço Migrante”; o bacharelado em regência pela Faculdade Santa Marcelina (FASM, 2008), e o bacharelado em Geografia (FFLCH-USP, 2003). Acumulou importante experiência no campo da pesquisa, coro e orquestra, em atividades vinculadas à educação musical: no Instituto Acaia (ONG), na Orquestra Antunes Câmara (OAC), no Coral da Universidade de São Paulo (Coralusp, 1998-2008) e na Orquestra Sinfônica da Zona Leste (2017-2020).
Participou de inúmeras master-classes e festivais de música nos Estados Unidos, na República Tcheca, na Itália e no Brasil, sob a direção dos maestros, Roberto Duarte, Kirk Trevor, Ênio Antunes, Donald Schleicher, Kenneth Kiesler, Lanfranco Marcellette, Maurice Peress e Kurt Masur. Foi membro do conselho da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP, 2012-2014). É autor do livro Estudo Interpretativo da Técnica Composicional Melodia das Montanhas de Villa-Lobos, pela editora NEA (OmniScriptum Publishing Group, 2017). Rodrigo foi colaborador da tradução do livro Heitor Villa-Lobos Vida e Obra (1887-1959), de Eero Tarasti (2022). É autor de um ensaio no livro Music as Cultural Heritage and Novelty da editora Springer (2022), bem como no livro Transcending Signs Essay in Existential Semiotics, editado por Eero Tarasti para a editora berlinense De Gruyter Mouton (2023).
Realização Duo de flauta e piano