Sinais de vida: desenhos de Horst Hoheisel
11/10 a 21/12/2003
A mostra Sinais de vida: desenhos de Horst Hoheisel está inserida em uma das linhas da política de exposições da instituição, que pretende estimular o diálogo da obra de Lasar Segall com o trabalho de outros artistas.
Hoheisel é um artista reconhecido internacionalmente por seu trabalho conceitual em torno da memória e do holocausto, tema bastante presente na obra de Segall.
A atmosfera compulsiva do trabalho do ateliê e o problema do seu não destino, materializados pelas pilhas e rolos de desenhos que se acumulam incessantemente, é o mote da mostra de Hoheisel no Museu Lasar Segall. Dessas pilhas, o artista retirou uma série de 50 desenhos feitos a partir de sua experiência com a tribo dos Yanomami, trazendo mais uma vez à lembrança, a ameaça do esquecimento.
Não apenas dedicado ao trabalho conceitual em torno do Holocausto, a preocupação do artista em torno do esquecimento e memória, revela-se na problemática sobre o destino dos inúmeros desenhos que elabora quotidianamente há quase 20 anos. São anotações que assumem o caráter de um diário, ora como registros dos sonhos da noite anterior, ora como testemunhos de seus sentimentos e vivências.
Esta mostra estabelece diálogos institucionais com a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Centro Universitário Mariantonia, onde foram apresentadas instalações do artista em torno da rememoração dos traumas vividos pelos sujeitos confinados ou mortos pela ditadura militar no Brasil. Representa também o estreitamento das contínuas ações desenvolvidas em parceria com o Instituto Goethe, com o qual o Museu Lasar Segall vem desenvolvendo frutíferos projetos.
A exposição conta com catálogo ilustrado e textos de Lorenzo Mammi, disponível na recepção do museu.
Apoio
Instituto Goethe – São Paulo
Hubner