Lasar Segall no Instituto Moreira Salles
25/07 a 27/09/2009
Espalhados em três coleções que integram o acervo de fotografia do Instituto Moreira Salles, os retratos de Lasar Segall feitos por Hildegard Rosenthal, Carlos Moskovics e José Medeiros foram recentemente redescobertos e compõem um conjunto em sua maioria inédito. São registros feitos nas décadas de 1940 e 1950, quando o pintor, desenhista, gravador e escultor lituano, que se mudou definitivamente para o Brasil em 1923, estava no auge de sua carreira.
Se a importância de Segall é largamente reconhecida no cenário da arte brasileira do século 20, os três fotógrafos também marcaram o período com sua obra.
De origem alemã, Rosenthal (1913 – 1990) é considerada uma das pioneiras do fotojornalismo no país, e, em sua produção, há paisagens e cenas urbanas de diversas cidades, tipos humanos e retratos de personalidades do meio cultural e artístico.
Já Moskovics (1916 – 1988), também de origem estrangeira – nasceu na Hungria –, registrou paisagens urbanas (Rio, Salvador, São Paulo), a inauguração de Brasília, peças de teatro, desfiles de moda, acontecimentos sociais cariocas e retratos.
José Medeiros (1921 – 1990), por fim, foi documentarista e um dos mestres do fotojornalismo nacional, tendo fotografado durante 15 anos para a revista O Cruzeiro. Em 1957, publicou o livro Candomblé, primeiro registro fotográfico da iniciação de filhas-de-santo no candomblé. Destacou-se ainda como diretor de fotografia de clássicos do moderno cinema brasileiro e foi professor da escola de cinema de Santo Antonio de los Baños, em Cuba, no final dos anos 1980.