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Forte homenageia mestra quilombola Laura Mariá com vídeo sobre o jongo
O Museu Forte Defensor Perpétuo lamenta profundamente o falecimento de um dos maiores nomes da nossa cultura, Laura Mariá dos Santos, no último dia 14 de outubro.
Mestra jongueira, griô, educadora, compositora, cantora, liderança quilombola: o legado de Laura atravessa as gerações que receberam a luz de seus ensinamentos e de sua luta transformadora pelos nossos bens culturais, pelo jongo, pelo samba, pela mobilização social e pelo Quilombo do Campinho.
A equipe técnica do museu publica esse registro como singela homenagem à memória da mestra Laura Mariá dos Santos, e também do jovem quilombola Lohan Paulo dos Santos, também falecido em 2023.
Abaixo, listamos registros de outros momentos em que Laura esteve no museu.
Apresentação do Jongo do Quilombo do Campinho no Forte na Semana Nacional de Museus, em maio de 2011.
- Jongo do Quilombo do Campinho no Forte, SNM 2011.
"Pro jongo não se acabar / Que Deus dê a proteção pra jongueiro novo / Pro jongo não se acabar"
Roda de conversa sobre a História das mulheres em Paraty na 5ª Primavera de Museus no Forte, em setembro de 2011
- Roda de conversa sobre mulheres em Paraty, com Andréia Rodriguez, Laura Santos, Maria Izabel e Ivanilde Silva.
O debate teve a presença da museóloga Andréia Rodriguez, da liderança quilombola Laura Santos, da produtora de cachaça tradicional Maria Izabel e da liderança guarani Ivanilde Silva. Segue uma descrição da fala de Laura, transcrita de publicação da época no site do museu:
Laura Santos, liderança do quilombo Campinho da Independência, falou da herança de um matriarcado de três mulheres e da luta cotidiana pela preservação da cultura do quilombo. Relembrou a dura vida das mulheres do passado, que apesar da pouca idade tinham sempre grande responsabilidade e consciência. Relembrou sua trajetória pessoal, de recusa do aprendizado das “prendas domésticas”, da leitura escondida dos clássicos da literatura (hábito considerado “fuga do serviço” pela mãe) e sua formação no movimento social com as comunidades eclesiais de base. Sobre o legado do matriarcado na comunidade, Laura diz que ele se reflete na postura de atitude das meninas: independente, com personalidade.