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MNBA em obras
Foto Marcos Gusmão / Concrejato
A obra atual do prédio do Museu Nacional de Belas Artes/Ibram, erguido em 1908, abrange as quatro fachadas: a da Avenida Rio Branco, a da Rua Heitor de Melo, a da Rua México e a da Rua Araújo Porto Alegre. Envolve também as três cúpulas (Sul, Central e Norte), dezenas de esquadrias externas, os terraços entre as cúpulas e o sistema de detecção de incêndio.
Iniciadas em 2020, cerca de 85% das obras já estão concluídas, segundo avaliação do arquiteto do MNBA, João Leal. Ele destaca a complexidade deste esforço, considerando que a empreitada ocorre em um prédio de grandes dimensões e relevância arquitetônica, ocupando um quarteirão inteiro na Cinelândia. Tombado pelo Iphan desde 1973, o edifício possui dezenas de janelas e portas metálicas de grandes dimensões com vidros decorados e grades geométricas, além de painéis em baixo relevo e mosaicos representando expoentes das artes ao longo dos séculos. As obras de restauração são realizadas em etapas, e cada trecho do prédio histórico apresenta dinâmicas de trabalho diferentes, exigindo tempo e especialização profissional.
Alguns exemplos dessas peculiaridades incluem os cinco portões de grandes dimensões em bronze, atualmente em processo de restauração. Esse processo começa com a remoção de sujeiras para possibilitar um mapeamento de danos, reprodução e colocação de peças ausentes, recuperando a funcionalidade e originalidade dos portões. Enquanto isso, as ferragens das esquadrias externas estão na etapa final de restauração, e os vidros especiais decorados, que estavam danificados ou perdidos, foram reproduzidos utilizando as mesmas técnicas originais.
No segundo andar do edifício, faltam apenas 5% para a conclusão das obras. Já o restauro da cobertura das amplas galerias do terceiro andar continua em andamento, com a instalação de novos vidros temperados, proporcionando espaços mais iluminados.
A complexidade arquitetônica e os diversos sistemas inerentes ao edifício do Museu, juntamente com o incalculável acervo de obras de arte, demandam manutenção constante realizada por profissionais bem treinados e capacitados. O prédio histórico, com seus elementos decorativos e estruturais, como calhas, coberturas, sistemas elétricos, de ar condicionado, de combate e detecção de incêndios, hidráulicos e de drenagem, de segurança e alarmes, requer uma atenção contínua.
Neste contexto de restauração e modernização do Museu, ressalta-se a importância da conservação e manutenção de suas estruturas, evitando a necessidade frequente de restaurações que interferem nos elementos originais.
A previsão de término desta fase das obras é para o segundo semestre de 2025.
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