Desenho Brasileiro
Embora o desenho só tenha sido consolidado como arte autônoma no Brasil a partir do início do século XX, o MNBA possui exemplares relevantes de artistas brasileiros do século XIX, numa coleção que engloba nada menos do que 7.000 obras.
Concebidos como estudos preparatórios para pinturas de cavalete, os desenhos realizados por Vítor Meireles e Rodolfo Amoedo, por exemplo, enriquecem o acervo tanto pela beleza e refinamento dos traços, quanto pelo que se pode apreender sobre seus processos de trabalho. Também significativos são os estudos decorativos realizados por Amoedo e Eliseu Visconti no início do século XX, para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, por exemplo, além da produção gráfica para revistas e diplomas e cenas de gênero, com influências simbolistas e da art nouveau, tão representativas do período. Em uma das salas da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX há um espaço dedicado para esta produção.
O segmento do século XX é representado principalmente por estudos de cenários e figurinos para espetáculos teatrais e de dança, para monumentos e edifícios e para obras literárias. Di Cavalcanti, Tomás Santa Rosa, Djanira e Candido Portinari são alguns dos representantes dessa produção quase toda encomendada por intelectuais do período.
Incluem-se ainda o pequeno, porém expressivo conjunto de desenhos de Oswaldo Goeldi e um vasto conjunto de caricaturas de nomes importantes deste gênero como Kalixto Cordeiro, Nássara e J. Carlos. A coleção de desenho foi enriquecida por doações de obras premiadas em Salões e Bienais, incluindo ao acervo do museu nomes de uma nova geração de artistas como Gregório Gruber, Regina Vater e Amador Perez, atualmente em exposição na Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea.