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Setor museal tem propostas aprovadas na 4ª Conferência Nacional de Cultura
Considerada a maior Conferência de Cultura do país, a 4ª Conferência Nacional de Cultura (CNC), depois de cinco dias de debates, 4 a 8 de março, gerou trinta propostas prioritárias para a cultura brasileira.
Mais de cinco mil pessoas participaram da 4ª Conferência Nacional de Cultura, que, ao longo de cinco dias, reuniu representantes e convidados da cultura de todo o país em Brasília. Os participantes, eleitos nas conferências estaduais de cultura, incluíram além dos 1.338 delegados, 1.087 convidados, 1.491 observadores e 738 pessoas na organização, além de 151 profissionais da imprensa.
Propostas do setor museal
As propostas aprovadas na 4ª CNC para o setor museal resultam das discussões que ocorreram nas reuniões plenárias do eixo 3 "Identidade, Memória e Patrimônio". Segundo a presidenta do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro, as propostas aprovadas na Conferência fornecerão subsídios para a elaboração do Plano Nacional de Cultura, fortalecendo a participação social, a representatividade e a distribuição de recursos. "São propostas que contribuirão para o fortalecimento do Sistema Brasileiro de Museus, articulado com o Sistema Nacional de Cultura, recém-aprovado no Senado, proporcionando o horizonte do compartilhamento de responsabilidades entre os entes federativos, instituições e sociedade civil". Castro também sintetiza o conjunto de sugestões discutidas e aprovadas na 4ª CNC como "um retrato das condições e demandas que existem na cultura de todo país".
Outro ponto positivo para o setor é que o resultado das discussões na 4ª CNC aponta para a construção do novo Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM), que o Ibram em breve colocará em debate. "Será fundamental uma articulação ampla para que possamos participar do processo de construção desse plano. A intenção é que o novo PNSM seja aprovado durante o Fórum Nacional de Museus que ocorrerá em agosto, na cidade de Fortaleza/CE", ressalta Castro.
Gestão Compartilhada
Na gestão compartilhada implementada pelo Ibram, a sociedade civil, redes, movimentos, coletivos e instituições são convocados a colaborar com a elaboração e monitoramento das políticas públicas do setor, integrando efetivamente sua implementação. Para Castro, essa relação contribui para uma mudança de cultura nas relações entre o poder público e a sociedade, fazendo com que cada vez mais as políticas atendam às demandas populares. "A participação do setor organizada, colaborativa e qualitativa do setor museal na 4ª CNC representa uma nova forma de fazer política, com democracia, controle e poder de decisão popular".