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Museu Chácara do Céu promove a exposição Os Amigos da Gravura 2022
Em face do centenário da Semana de Arte Moderna, a diretora do Museu Chácara do Céu/Ibram, Anna Paola Pacheco Baptista, propôs à artista Claudia Hersz a criação de um Mao para a edição Os Amigos da Gravura de 2022, em diálogo com um dos livros do modernismo brasileiro, Macunaíma, de Mário de Andrade. A exposição vai ser inaugurada dia 11 de agosto, das 12h às 14h, e a visitação segue até 10 de janeiro de 2023. Os ingressos custam R$ 8 a inteira. As quarta-feiras a exposição é gratuita. Mais informações no site museuscastromaya.com.br .
Na mostra, Claudia Hersz apresenta seus Maos os quais estabelecem referências com outros universos, mitos e refrações da cultura popular e agenciam um cortejo internacional e global de modo a confirmar uma lógica antropofágica de deglutição, reprocessamento e fagocitose de múltiplas potências de alteridade que estabelecem a preocupação ético-poética da artista.
Nesta edição do projeto Os Amigos da Gravura, são 22 peças que celebram o Macunaíma de uma forma que guarda afinidade com os processos do movimento Antropofágico. Assim como esse preconizava que a cultura e a técnica estrangeira deveriam ser devoradas, assimiladas e reelaboradas como uma manifestação original brasileira, a figura de porcelana de Mao se mescla com o universo do herói sem caráter gerando o Mao-Cunaíma.
Claudia Hersz (1960) é uma artista carioca que tem trabalhado com processos de releitura de referências culturais e com a edição e remixagem de objetos. Possui uma série (“#ummaopordia”) em que realiza intervenções em esculturas industriais de série em porcelana do antigo líder chinês Mao Tsé-Tung.
Os Amigos da Gravura
Os Amigos da Gravura foi criado por Raymundo de Castro Maya na década de 1950 e retomado em 1992 pelos Museus Castro Maya. Com o objetivo de incentivar a gravura, o colecionismo e os artistas nacionais, ele promove a criação de obras exclusivas para o projeto e proporciona aos artistas participantes a realização de uma exposição individual no Museu da Chácara do Céu.
Biografia de Claudia Hersz
Claudia Hersz vive e trabalha no Rio de Janeiro. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ, atua como artista multimidia desde 2002. Participou de várias coletivas, como Abre-Alas 2011 - Gentil Carioca,RJ, Nova Escultura Brasileira - Caixa Cultural, RJ e 10º Salão da Bahia, entre outras. Teve seu projeto Ninhumanos contemplado pelo Prêmio Interferências Urbanas/RJ 2008, recebeu o prêmio aquisição 2011 no Salão UNAMA-Pará de Pequenos Formatos. Apresentou, em 2010, a exposição individual ToYS É NóIS no Centro Cultural Justiça Federal. Em 2014, apresentou a individual COSMOPOLITA, na Galeria do IBEU - RJ, além de trabalhos na exposição DESLIZE - SURF no MAR, Rio de Janeiro e na mostra Contextos Contemporâneos - em diálogo com a obra do Bispo (Museu Bispo do Rosário, RJ). Em 2015, formulou uma obra de grande porte para os jardins do Museu da República -RJ, nas Intervenções ArtRio. Em 2016 participou de Aquilo que nos Une (Caixa Cultural, RJ), Primeira de Muitas (Saracura, RJ) e Somos Todos Clarice (Museu da República, RJ).
Museu Chácara do Céu
O Museu da Chácara do Céu exibe coleções de arte de diversos períodos e de diferentes origens, livros raros, mobiliário e artes decorativas, distribuídas em uma casa com três pavimentos. A casa em Santa Teresa, conhecida desde 1876 como Chácara do Céu, foi herdada por Castro Maya em 1936.
Foi demolida em 1954 e, em seu lugar, o arquiteto Wladimir Alves de Souza projetou uma residência com características modernas integrada aos jardins que permitem uma vista da cidade do Rio de Janeiro e da Baía de Guanabara. Hoje, além das exposições de longa duração e temporárias, o museu mantém dois cômodos originalmente mobiliados e ambientados, a fim de preservar o caráter de residência do local.
Texto: Museu Chácara do Céu
Edição: Ascom Ibram