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MinC abre prazo para propostas de indicação à Ordem do Mérito Cultural
O Ministério da Cultura abriu o prazo para a inscrição das propostas de indicação à Ordem do Mérito Cultural para o ano de 2011. O tema central da celebração desta edição será Pagu – sonho, luta, paixão, em homenagem a Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, escritora e jornalista brasileira que teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922.
Criada em 1995, pelo Ministério da Cultura, a Ordem do Mérito Cultural é o reconhecimento do governo federal a personalidades, grupos artísticos, iniciativas e instituições que se destacaram por suas contribuições à Cultura brasileira.
As condecorações são entregues, anualmente, por ocasião do Dia Nacional da Cultura (5 de novembro). Neste ano, a cerimônia de condecoração será realizada no dia 9 de novembro, no Theatro Santa Izabel, em Recife (PE). Desde sua criação até hoje, já foram entregues mais de 430 condecorações a personalidades nacionais e estrangeiras.
As indicações podem ser feitas por quaisquer pessoas, e os indicados – personalidades, grupos, iniciativas e instituições que tenham contribuído para a Cultura brasileira – serão avaliados pela Comissão Técnica, constituída por gestores das Secretarias do Ministério da Cultura, que emitirá parecer conclusivo antes de encaminhá-lo à consideração do Conselho da Ordem do Mérito Cultural.
Integram o Conselho da OMC a Ministra de Estado da Cultura, que o preside na qualidade de chanceler, e os ministros das Relações Exteriores, da Educação e da Ciência e Tecnologia.
As indicações podem ser enviadas para o site do Ministério da Cultura até o dia 22 de julho, mediante o preenchimento do formulário específico disponível no endereço eletrônico do MinC, ou pelos Correios, após download do documento ser preenchido e encaminhado para o seguinte endereço:
Ordem do Mérito Cultural 2011
Ministério da Cultura
Assessoria de Comunicação Social
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 4º andar
CEP 70068-900 Brasília – Distrito Federal
Dúvidas e informações:
E-mail: omc2011@cultura.gov.br
Tels.: (61) 2024- 2406, com Eliane Rodrigues, ou 2024-2411, com Cleusmar Fernandes.
A homenageada – Musa da 3ª geração do Modernismo Brasileiro, Patrícia Galvão (1910-1962) foi romancista, poetisa, militante política e incentivadora da cultura. Formada na Escola Normal da Capital, em São Paulo, Pagu participou do movimento antropofágico sob influência de Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade com quem se casou em 1930. Em 1931 ingressou no Partido Comunista e passou a editar, junto com Oswald de Andrade, o jornal O Homem do Povo, onde assinava a coluna A Mulher do Povo.
Como militante do Partido Comunista, a escritora foi presa três vezes. Em 1931, no Brasil, ao participar de um comício do partido realizado em Santos com os estivadores. Em 1935, em Paris, onde foi presa como comunista estrangeira e repatriada ao Brasil por portar uma identidade com o nome de Leonnie. E depois de retornar ao Brasil, quando passou a trabalhar para o jornal A Plateia e se separou de Oswald de Andrade, foi presa e torturada, ficando na cadeia por cinco anos.
Ao sair da prisão, em 1940, rompeu com o Partido Comunista e casou-se com o jornalista Garaldo Ferraz. Em 1942 passou a atuar ativamente na imprensa, sobretudo como crítica de Artes. Em 1950, concorreu à Assembleia Legislativa de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro; lançou o manifesto Verdade e Liberdade e passou a exercer importante papel no panorama cultural da cidade de Santos. Pagu frequentou o curso da Escola de Arte Dramática de São Paulo e passou a se dedicar cada vez mais ao teatro. De 1955 a 1962, trabalhou no jornal A Tribuna de Santos como crítica literária e de teatro e televisão.
Em setembro de 1962, Pagu viajou a Paris para ser operada de câncer. A cirurgia fracassa, ela volta ao Brasil e morre no dia 12 de dezembro. Entre os livros publicados pela escritora estão: Parque Industrial (1933), A Famosa Revista (1945), Verdade e Liberdade (1950), Safra Macabra (1998), Croquis de Pagu (2004), e Paixão Pagu – Uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão (2005).
Pagu deixou dois filhos: Rudá de Andrade, fruto do casamento com Oswald de Andrade, e Geraldo Galvão Ferral, filho de Geraldo Ferraz.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura