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Inconfidentes serão sepultados no Panteão, em Ouro Preto
Museu da Inconfidência, sede do Panteão dos Inconfidentes. Foto: Aldo Araújo
O Dia de Tiradentes, comemorado em 21 de abril, terá um significado especial neste ano. Nesta quinta-feira, serão incorporados ao Panteão do Museu da Inconfidência/Ibram, em Ouro Preto, os restos mortais dos inconfidentes José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota. Agora, mais de duzentos anos após sua morte no exílio, na África, os três receberão a devida homenagem e o sepultamento adequado, ao lado dos outros 13 inconfidentes que já repousam no Panteão.
A cerimônia de incorporação das ossadas ao Panteão tem início às 9h30, com participação da presidenta Dilma Rousseff, da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Ministério da Cultura), José do Nascimento Junior, e do diretor do museu, Rui Mourão, além do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia.
As urnas contendo os ossos serão sepultadas na lápide funerária do Panteão que permanecia vazia, em memória dos inconfidentes cujos corpos não foram encontrados. A cerimônia será transmitida ao vivo pela TV NBR para todo o Brasil, e exibida em um telão instalado na Praça Tiradentes, no centro histórico de Ouro Preto, palco das comemorações do Dia de Tiradentes.
Em seguida, às 10h, começa a solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência a personalidades que contribuíram para o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil. Neste ano, serão 239 agraciados. O evento terá como oradora oficial a presidenta Dilma Rousseff, que receberá o Grande Colar, grau máximo da Medalha da Inconfidência. Maior comenda concedida pelo Estado de Minas Gerais, a Medalha da Inconfidência é entregue todos os anos em 21 de abril.
Identificação – Os ossos identificados como sendo de José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota foram repatriados da África para o Brasil em 1932. No entanto, a incerteza dos historiadores sobre a veracidade da identificação impediu que fossem sepultados no Panteão, quando o monumento foi criado, em 1942. Só recentemente, com apoio de estudos científicos que envolveram modernas tecnologias de odontologia e medicina legal, o Museu da Inconfidência (um dos integrantes do Ibram) pôde comprovar que as ossadas são mesmo dos três inconfidentes degredados, e assim proceder à sua incorporação ao Panteão. Os estudos foram realizados pela Unicamp. O anúncio da identificação dos inconfidentes foi feita pelo Ibram na última sexta-feira, 15/4. Saiba mais:
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