Notícias
Ibram lança nova plataforma online do Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos
O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lançou em evento online realizado na tarde desta segunda-feira (18) a nova plataforma online do Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos (CBMD).
Transmitido ao vivo pelo canal do Ibram no YouTube, o lançamento contou com a participação da diretora do Departamento de Processos Museais do Ibram, Mirela Araújo, da coordenadora de Preservação e Segurança do Ibram, Taís Valente, da coordenadora de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, Talita Sá, e do promotor de justiça Marcelo Maffra, coordenador de Patrimônio Cultural do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A coordenadora de Preservação e Segurança do Ibram apresentou na live os objetivos, histórico e funcionalidades da nova versão da plataforma, mais completa e intuitiva. Os convidados compartilharam experiências de outras iniciativas neste campo: o Cadastro de Bens Cuturais Procurados do Iphan e o Sondar, sistema de resgate de bens culturais desaparecidos.
O que é o CBMD
Lançado em 2010, o CBMD é uma base de dados que tem como finalidade a consolidação e difusão de informações que favoreçam a localização e recuperação de bens musealizados e declarados de interesse público que estejam desaparecidos por conta de roubos, furtos ou outros motivos. A ferramenta integra o Programa de Gestão de Riscos ao Patrimônio Musealizado Brasileiro.
Acessível online a qualquer pessoa, a base concebida pelo Ibram reúne informações sobre acervos desaparecidos pertencentes aos museus brasileiros e bens declarados de interesse público, tornando possível a localização, recuperação e devolução de tais bens aos seus proprietários. O CBMD possui cadastrados hoje 420 itens desaparecidos pertencentes a 29 museus brasileiros, sendo que 16 deles integram a rede Ibram.
As informações contidas no CBMD são públicas, podendo ser compartilhadas com organismos de segurança pública e de controle aduaneiro, e ainda com comerciantes de antiguidades, de artes e de artefatos culturais em geral, evitando que um bem desaparecido entre na rota do tráfico ilícito de bens culturais.
A base de dados do CBMD foi desenvolvida pela Coordenação de Tecnologia da Informação do Ibram a partir de normas internacionais disponibilizadas pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) e pelo Conselho Internacional de Arquivos (ICA), além de outros padrões e experiências bem-sucedidas internacionais.
A nova plataforma
A nova versão da plataforma online do CBMD oferece, com interface simples e amigável, uma consulta abrangente a bens desaparecidos, permitindo filtrar a busca por denominação, classificação, localização, material, autor e data da ocorrência. Também orienta de forma didática com cadastrar bens desaparecidos, serviço disponível online através da plataforma Gov.br.
Outra novidade trazida pela nova plataforma é a possibilidade de divulgar notificações estrangeiras sobre bens desaparecidos. A nova versão traz também links para outras bases de dados de bens desaparecidos do Brasil e de outros países, além de acesso à Red List Brasil, a lista de objetos culturais brasileiros em risco produzida pelo comitê brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM Brasil).
A gravação da live de lançamento segue disponível e pode ser assistida no canal do Ibram no YouTube. A nova plataforma online do Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos já pode ser acessada e utilizada no endereço bensdesaparecidos.museus.gov.br.