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Ibram e autoridades catarinenses pactuam sobre segurança do MVM
Representantes da direção do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) participaram na última sexta-feira (1º), em Florianópolis (SC), de reunião com representantes da direção do Museu Victor Meirelles (MVM), que integra a rede Ibram na capital catarinense, da Superintendência do Iphan em Santa Catarina, da Secretaria de Estado da Casa Civil catarinense e da Fundação Catarinense de Cultura.
Em pauta, uma questão que tem trazido preocupação ao Museu Victor Meirelles, localizado no centro da cidade: o atual estado de abandono de prédio contíguo ao museu, antiga sede do PROCON/SC e pertencente ao Governo de Santa Catarina, hoje sem uso funcional, que tem acarretado, entre outros problemas, uma ameaça à segurança da instituição vinculada ao Ibram.
Durante o encontro, representantes do MVM relataram que o prédio abandonado tem sido utilizado para acobertamento de criminosos que vêm atuando na região, tendo inclusive servido como plataforma para recente furto de fiação do museu. O mau cheiro que exala do prédio, também usado como banheiro irregular, é outro problema que tem incomodado direção, equipe e visitantes do museu.
A possibilidade de demolição do prédio, que tem sido noticiada, também desperta preocupação do Museu Victor Meirelles, do Ibram e do Iphan, uma vez que pode trazer riscos à edificação – o museu está instalado desde 1952 na casa onde Victor Meirelles nasceu e também possui prédio anexo. Além disso, o Iphan precisa ser parte das tratativas relativas ao uso da área resultante da demolição, por se tratar do entorno de bem histórico tombado.
Os representantes da presidência do Ibram na reunião apresentaram sua preocupação com o problema e a proposta de criação de um grupo de acompanhamento que inclua as duas esferas federativas (federal e estadual) para que se busque uma solução do caso.
Presente à reunião, a secretária adjunta da Casa Civil catarinense, Maria Teresinha Debatin, comprometeu-se a fazer gestões junto à Secretaria de Estado de Administração para solicitar que sejam realizadas medidas imediatas de limpeza e vedação do prédio abandonado.
Quanto à demolição, a secretária adjunta se comprometeu a tratar do tema com a Secretaria de Estado de Administração (SEA) para que sejam disponibilizados laudos técnicos que apontam a situação estrutural do prédio e para que a SEA procure Iphan e Ibram no sentido de acompanhar os projetos relativos à eventual demolição e ao aproveitamento posterior da área.
"Consideramos que foi muito positivo esse contato, que possibilitou a abertura de um canal de diálogo entre o museu e o governo", avalia a diretora substituta do Museu Victor Meirelles, Rita Coitinho. "A situação do prédio abandonado é um risco para o MVM, tanto para seu acervo de obras de arte quanto para seus funcionários e visitantes. É preciso que sejam tomadas medidas urgentes", pontua.
O assessor de Relações Institucionais do Ibram, Michel Correia, que representou a presidenta do órgão na reunião, também sublinhou a importância do encontro. "Estabelecer diálogo com o Governo de Santa Catarina é central para buscar uma solução a curto, médio e longo prazo para a atual situação do MVM e da região. vamos envidar esforços para criar esse colegiado com diversos atores e encontrar uma saída", registrou.