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Ibram divulga versão revisada do Programa de Gestão de Riscos ao Patrimônio Musealizado Brasileiro
Na última sexta-feira, dia 24, os servidores Taís Valente dos Santos, coordenadora da Coordenação de Preservação e Segurança (Copres) e o diretor do Museu do Ouro, Paulo José Nascimento Lima, apresentaram a versão revisada do Programa de Gestão de Riscos ao Patrimônio Musealizado Brasileiro no canal do Youtube do Instituto.
O programa tem o objetivo subsidiar as estratégias de ação do Ibram e orientar os museus brasileiros sobre o planejamento, a prevenção e o controle dos riscos ao patrimônio musealizado, com vistas a minimizar seus efeitos, responder a situações de emergência e a favorecer a qualificação da gestão das instituições museológicas e a sustentabilidade nas tomadas de decisão dirigidas à preservação e à segurança.
A nova versão do programa prevê linhas de atuação em torno de eixos temáticos (novos ou renovados) que correspondam tanto às expectativas do campo museológico, quanto às perspectivas colocadas pelo cenário institucional.O programa preserva, assim, o conjunto de eixos que incorporam tematicamente as várias dimensões da atuação do Ibram na gestão de riscos em museus: articulação e parcerias (em vários níveis), pesquisa, orientações e recomendações técnicas, capacitação e partilha de conhecimento e expertise com profissionais do campo museológico.
Os cinco estágios do controle de riscos estão presentes no programa. São eles: identificar - levantar os riscos que se apresentam na instituição, detectar - possíveis ações/danos que serão causados pelos riscos, bloquear medidas que devem ser tomadas para minimizar ou evitar os riscos, responder - ações tomadas em caso de emergência e recuperar - intervenções nos bens para reverter os danos.
O programa permanece dividido em 04 (quatro) eixos. O primeiro é o da governança e articulação que reúne as diretrizes, as estratégias e as ações para a implementação integrada do programa em sua interlocução com todas as áreas do Ibram (sede, museus e representações), com o campo museológico (museus brasileiros, sistemas e redes de museus e profissionais, centros de ensino, plataformas, conselhos e comitês nacionais e internacionais), instituições de segurança pública e demais correlatas aos museus.
O segundo eixo é o do planejamento e prevenção de riscos, que tem como atribuições elaborar e/ ou divulgar recomendações metodológicas e/ou instrumentos normativos de modo a subsidiar as equipes dos museus na elaboração do seu planejamento estratégico interno, integrando os conceitos de riscos, gestão de riscos e medidas de mitigação focadas nas principais ações de preservação e segurança dos acervos, públicos e edificação; viabilizar instrumentos para a consulta e orientação dos museus brasileiros quanto às ações e conceitos na área de gestão de riscos; promover e divulgar capacitações na área de planejamento para museus e promover e/ou integrar pesquisas sobre mapeamento de riscos ao patrimônio museológico.
O terceiro eixo é o do monitoramento e controle de riscos, que reúne as estratégias e ações para o monitoramento dos riscos aos bens musealizados, tendo em vista a melhoria da eficiência e da sustentabilidade do controle e tratamento dos riscos. As atribuições do eixo buscam promover e divulgar capacitações na área de monitoramento, controle e tratamento de riscos, envolvendo temas como prioridades de ação, custo-benefício de medidas e viabilidade de implementação.
O quarto eixo é o da resposta a emergências, que reúne as estratégias e ações para as respostas a situações de emergência nos museus brasileiros, considerando a contenção de perdas de valor de bens musealizados e a recuperação de danos. Dentre as atribuições do eixo estão: manter e aperfeiçoar o Banco de Voluntários em funcionamento, com informações sistematizadas e atualizadas; promover campanhas de divulgação do Banco de Voluntários e de incentivo à adesão; orientar os voluntários cadastrados no banco quanto a capacitações pertinentes à atuação em situações de emergência; divulgar aos museus brasileiros os recursos técnicos e financeiros disponíveis para ações relacionadas a patrimônio em risco ou situações de emergência; orientar e fornecer subsídios técnicos para ações de recuperação de danos e perdas causados ao patrimônio museológico e manter e aperfeiçoar o Cadastro de Bens Culturais Musealizados Desaparecidos (CBMD) em funcionamento.
Mais informações podem ser obtidas aqui.