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Exposição ‘Reler Debret’ marca as comemorações dos 50 anos do Museu da Chácara do Céu
Nova exposição temporária marca as comemorações dos 50 Anos do Museu da Chácara do Céu e do Bicentenário da Independência do Brasil.
Com inauguração neste sábado (15), ‘Reler Debret’ apresenta alguns dos mais de 500 originais de Jean-Baptiste Debret (1758-1848) do acervo Castro Maya, ao lado de obras de artistas contemporâneos como Denilson Baniwa, Heberth Sobral, Isabel Löfgren & Patricia Goùvea, Valerio Ricci Montani, que trabalham a partir de intervenções e apropriações das imagens do mestre francês.
Cenas tradicionais (como o célebre Um Jantar Brasileiro) que moldam nossa percepção do passado do Brasil dos períodos Joanino e 1º Império, são apropriadas e interpretadas pelos artistas contemporâneos a partir de intervenções nas imagens ou recriações em materiais inusitados. Tais obras são apresentadas junto às aquarelas originais de Debret, oferecendo ao público rara oportunidade para comparação e reflexão.
Apresentação
Ter nascido e vivido como apêndice de outra Nação privou o Brasil de refletir sobre sua própria identidade por três séculos. Somente a partir da Independência de Portugal inaugurou-se o período que perdura até hoje no qual ensaiamos variadas definições acerca do caráter nacional.
Reler Debret à sombra de 200 anos de Brasil como Nação Independente é a tarefa que nos impomos, tentando conjurar outras possibilidades de desenvolvimento a partir de um mesmo passado.
Jean-Baptiste Debret foi testemunha dos eventos relativos à Independência do Brasil e retratou através de texto e imagens episódios da consagração de D. Pedro I como primeiro Imperador. Para ele, o Brasil, um povo “ainda na infância”, vivia a regeneração política, iniciada pela presença da Corte de Portugal desde 1808 e que tinha na Independência um ponto de inflexão definitivo. Viver no país era acompanhar o Brasil na “marcha progressiva para a civilização” a partir de sua construção como Nação.
Seu Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil não é um álbum de figuras somente, mas um livro ilustrado construído através de um plano – três tomos, três momentos de constituição de civilização – que espelha o modelo histórico-temporal pelo qual o autor enquadra seu pensamento: da barbárie indígena à civilização, imposta a partir da fundação do Império Brasileiro independente de Portugal.
SERVIÇO
Inauguração: dia 15 de outubro de 2022, 14 às 16h.
Visitação: até 17 de abril de 2023. Diariamente, exceto terças-feiras, das 12h às 17h.
Ingressos: R$ 8,00 - meia-entrada: R$ 4,00 - gratuidade às quartas-feiras
Onde: Museu da Chácara do Céu - Rua Murtinho Nobre, 93 - Bairro Santa Teresa – Rio de Janeiro (RJ) - Estacionamento no local
Mais informações: museuscastromaya.com.br
Texto: Museus Castro Maya
Edição: Ascom Ibram