Galeria - A Semana de Arte Moderna de São Paulo e os Modernistas
Em 1972, quando o país passava pela ditadura, o governo militar dava ênfase para um nacionalismo pretensamente coeso, a partir de ideais de civismo ufanistas. Nesta tônica, foram celebrados tanto o sesquicentenário da Independência quanto o cinquentenário da Semana de Arte Moderna de 1922. A questão da liberdade, da irreverência e da rebeldia e dos ideais de vanguarda, caros aos participantes da Semana de 1922, foram colocados de lado em prol de um entendimento conservador do evento, representado de forma nostálgica como um movimento que ficou no passado. O bloco postal comemorativo lançado neste ano conta com a reprodução da capa do catálogo da Semana, feita por Di Cavalcanti. Na parte inferior, é possível ver, mesclado com a arte em cinza, a logomarca das comemorações dos 150 anos da Independência utilizada pelo governo militar em diversas peças publicitárias. É possível perceber, portanto, como a efeméride era entendida, em conjunto com a emancipação de Portugal, como um marco importante do passado nacional. Essa emissão também contou com um carimbo comemorativo, no qual é representado o Teatro Municipal de São Paulo, acompanhado com a legenda “Aqui teve início a Semana de Arte Moderna de 1922”. |