Para isso, os interessados em colaborar com os museus nesses momentos, poderão solicitar a sua inscrição criando uma conta na Plataforma Gov.Br, que reúne diversos serviços e informações para acesso do cidadão, preenchendo o formulário com seus dados, sinalizando as áreas de interesse de atuação.
Os dados dos voluntários inscritos serão disponibilizados às instituições museológicas apenas em situações de emergência, respeitando-se a confidencialidade dos dados, bem como a localização dos voluntários e o museu atingido.
Portanto, trata-se de uma iniciativa de resposta a emergências, tendo como principal diretriz o apoio à formação de forças-tarefas para o salvamento de coleções musealizadas. Essas forças-tarefas serão coordenadas pelas próprias instituições atingidas e os dados dos voluntários inscritos serão repassados pelo Ibram para a gestão do Museu somente nesta ocasião.
Importante ressaltar que os voluntários inscritos receberão informações sobre capacitações e orientações técnicas que possam colaborar na sua atuação em situações de emergência. Por isso, é necessário manter os dados sempre atualizados.
Atuando em forças-tarefas
Nos últimos anos, temos acompanhado uma série de episódios infelizes nos museus brasileiros, sendo um dos mais trágicos o incêndio do Museu Nacional, em setembro de 2018. Ainda assim, a experiência de atuação dos profissionais do Ibram em conjunto com a equipe do Museu Nacional levou a produção de um modelo base de formação de força-tarefa para atuar no salvamento das coleções.
Baseado nesse modelo, a inscrição no Banco de Voluntários solicita ao interessado a sinalização das áreas que mais possuem interesse, afinidade e/ou formação. Apesar de não exigir experiência para a inscrição, esta sinalização pode facilitar a convocação dos voluntários, para atender determinadas demandas.
Veja abaixo a descrição das áreas elencadas para fins de inscrição no Banco de Voluntários:
Área 1 – Apoio a comunicação e informação: |
Atividades: Atendimento às solicitações da imprensa e do público em geral; Produção periódica de informativos voltados aos membros da Força-Tarefa, de forma a manter as equipes atualizadas em relação ao conjunto de informações produzidas ao longo das atividades; Manutenção de um relatório atualizado das notícias (clipping); Atendimento às solicitações de apoio oferecidas por entidades nacionais e internacionais; Implantação de um cadastro de instituições e de especialistas ligados às ações de salvamento e restauração de monumentos e coleções; Produção de documentação detalhada de todas as ações desenvolvidas pela Força- Tarefa, com o objetivo de assegurar a memória e a transparência das atividades. |
Área 2 – Salvamento de bens musealizados |
ATIVIDADES: Definição dos critérios de intervenção; Mapeamento e localização espacial das áreas atingidas; Mapeamento das coleções por sala/ambiente, a partir do cotejamento de informações sobre o acervo (inventário, catalogação) com as plantas-baixa; Definição dos locais para onde serão transportadas as peças resgatadas; Definição dos procedimentos de transporte dos itens afetados, que inclui a escolha de equipamentos necessários (veículos especiais, embalagens provisórias etc.), buscando evitar a contaminação entre os itens, choques, compressão, deformações, quedas e vibrações excessivas durante o processo. |
Área 3 – Serviço de proteção e segurança |
ATIVIDADES: Organização das operações de segurança ligadas à atuação da Força-Tarefa, em especial das áreas vulneráveis e do pessoal envolvido; Coordenação da interface com as autoridades de segurança pública (Polícia Federal, Policia Militar, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros); Elaboração e atualização de uma lista de todo o pessoal envolvido com as operações, de forma a manter o controle da circulação nas áreas consideradas de máxima segurança. |
Área 4 – Arquitetura e Engenharia |
ATIVIDADES: Identificação dos locais com danos estruturais e riscos eminentes com vistas à proteção e estabilização das estruturas; Definição das rotas de circulação de equipes; Definição dos materiais e métodos empregados na cobertura da edificação e na instalação dos locais provisórios de guarda e tratamento do acervo; Verificação das condições da construção e indicação de possíveis comprometimentos (vazamento de gás, problemas na estrutura elétrica, danos nos sistemas de água e esgoto, danos estruturais nas paredes, pisos e escadas etc.). |
Área 5 – Administração e logística |
ATIVIDADES: Coordenação dos trabalhos administrativos e financeiros; Elaboração da lista de suprimentos necessários em atendimento às necessidades das demais equipes de trabalho; Garantia do fluxo de aquisição, armazenamento e distribuição de materiais e equipamentos; Identificação de fornecedores externos. |
Importante ressaltar que os voluntários inscritos não substituirão a força de trabalho daquele determinado museu, mas ajudará a ampliar a equipe interna em casos emergenciais, de modo a acelerar o salvamento das coleções.
Para mais informações sobre o Banco de Voluntários entre em contato com a Coordenação de Preservação e Segurança – COPRES.
E-mail: bancodevoluntarios.pgr@museus.gov.br
Perguntas frequentes
- O que é o Banco de Voluntários para Situação de Emergências?
R: É uma base de dados sistematizada pelo Ibram, com informações sobre profissionais, estudantes e interessados nas áreas de Museus e Patrimônio, que tem como objetivo colaborar com os museus brasileiros que sejam acometidos por alguma situação de emergência (incêndio, enchentes, etc).
2. Como é realizada a inscrição no Banco de Voluntários?
R: A inscrição é realizada por meio do preenchimento do formulário de inscrição disponível na Plataforma Gov.Br
3. Depois de realizada a inscrição o que é necessário?
R: Após o envio do formulário, por meio da Plataforma Gov.Br, a Coordenação de Preservação e Segurança providenciará a inclusão dos dados na sua base interna. O retorno dessa inclusão será efetivado também pela Plataforma Gov.Br. É importante que o voluntário inscrito mantenha os dados atualizados. Mas, havendo alterações é necessário entrar em contato conosco, por e-mail (bancodevoluntarios.pgr@museus.gov.br) solicitando a atualização.
4. Quem pode se inscrever no Banco de Voluntários?
R: Todas as pessoas interessadas em colaborar com os museus brasileiros em situação de emergência.
5. Precisa comprovar alguma experiência ou possuir alguma formação acadêmica específica para se inscrever no Banco de Voluntários?
R: Não. Qualquer pessoa pode ser voluntária, desde que se sinta apta para exercer tarefas em situações de emergências.
6. Quando os voluntários inscritos serão convocados?
R: Apenas em situações de emergências em museus e respeitando a localização geográfica da instituição atingida.
7. O Ibram convocará os voluntários para desenvolver alguma atividade?
R: Não. Os dados dos voluntários inscritos serão repassados pelo Ibram ao Museu atingido por algum risco/em situação de emergência, para que a gestão da instituição faça os contatos necessários e oriente a atuação das pessoas convocadas.
O Ibram poderá enviar comunicações aos e-mails cadastrados, para divulgar cursos, palestras ou outros meios de formação que colabore com a atuação do voluntário inscrito, em caso de emergência.
8. Os voluntários serão remunerados?
R: Não. Trata-se de uma atuação sem vínculo empregatício e sem remuneração. Será uma atuação voluntária da pessoa inscrita.
9. É um cadastramento voltado para museólogos?
R: Não. Não há exigências quanto à formação específica para atuação como voluntário.
10. Onde os dados ficarão armazenados?
R: Os dados ficarão guardados na rede interna do Ibram e respeitando-se a legislação vigente, não serão publicados ou divulgados. Só serão compartilhados com os museus que necessitarem do apoio de voluntários e apenas em situação de emergência.