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Visões sobre a Arte Rupestre de Monte Alegre
Agencia Museu Goeldi - Uma exposição com abertura nesta quinta-feira, dia 16 de maio, às 19 horas no Museu Paraense Emilio Goeldi - “Visões: A arte rupestre em Monte Alegre” - apresenta ao público os produtos resultantes do trabalho de pesquisa desenvolvido por uma equipe de arqueólogos do Museu no município de Monte Alegre, no oeste do Pará, sob a coordenação da Dra. Edithe Pereira. A exposição estará no Pavilhão de Exposições da Rocinha até final de setembro.
Realizada pelo Museu Goeldi em parceria com a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) e com o patrocínio da Petrobrás, a exposição reúne os resultados do projeto “Arte Rupestre de Monte Alegre: Difusão e memória do patrimônio arqueológico”, que divulga o patrimônio arqueológico do Brasil, sobretudo, a arte rupestre. A mostra é concebida através da convergência dos olhares de uma pesquisadora, de um poeta, de um aquarelista e de um diretor de cinema acerca das pinturas e gravuras deixadas pelos primeiros habitantes da região, há mais 10 mil anos.
Livros - O projeto deu origem ao livro "Arte rupestre de Monte Alegre - Pará, Amazônia, Brasil", de Edithe Pereira, que apresenta a arte rupestre no município, seu histórico e ao mesmo tempo chama atenção para a necessidade de ações mais efetivas de proteção desse patrimônio arqueológico. A autora também aborda a integração entre a arte rupestre e a paisagem, fato já mencionado no passado, entre outros por jesuítas que se estabeleceram na região.
Gilson Rambelli, Presidente da Associação de Arqueologia Brasileira (SAB) assina a apresentação do livro, e diz que a obra "assume o papel político da Arqueologia, que é o de promover a interação deste patrimônio cultural único e não renovável”, e além de encantar e estimular a produção do conhecimento, também chama atenção para o cuidado que se deve dispensar a essa herança. O livro “Arte rupestre de Monte Alegre” traz informações científicas em linguagem acessível ao público, sobre os sítios arqueológicos com gravuras e pinturas rupestres, catalogados até 2011 no município.
Já “Itaí, a carinha pintada”, se dedica ao público infantil. Inspirado nos registros arqueológicos encontrados em Monte Alegre pela arqueóloga Edithe Pereira e sua equipe, o poeta Juraci Siqueira constrói o texto e conta uma história associada a aquarelas de Mário Baratta. Toda em verso, a narrativa conta com ilustrações de beleza. Com linguagem simplificada e de fácil entendimento, o volume introduz o tema, ao mesmo tempo em que diverte a criançada com arte. Trechos do livro estão impressos em painéis para leitura pelo público visitante da exposição.
Aquarelas - De autoria de Mário Baratta, da exposição fazem parte 15 aquarelas de autoria do arquiteto e aquarelista Mário Baratta, produzidas em viagem às serras de Monte Alegre. Mário Baratta reproduz nas imagens um pouco do lugar e do contexto em que foram realizadas as pinturas, com riqueza plástica e detalhamento, as imagens retratam, sobretudo, a paisagem local e a preservação do patrimônio.
Documentário - Tendo como inspiração as imagens vistas nos sítios arqueológicos, o diretor de cinema Fernando Segtowick produziu o vídeo-documentário "Imagens de Gurupatuba", com duração de 15 minutos, que será apresentado durante a exposição. Segundo Edithe Pereira, o vídeo-documentário trata da abordagem contemporânea dos sítios arqueológicos de Monte Alegre, mesclando informações científicas com o meio audiovisual, associando as referências e memórias das comunidades que ali vivem.
Durante o período da exposição, haverá também, no interior da Rocinha, área destinada à venda de produtos inspirados na arte rupestre de Monte Alegre e na memória cultural do Pará e da Amazônia. Participam da exposição as empresas: Arte Artesanal, Da Tribu, Arte Papa Xibé, Yemara Acessórios, Levi Cardoso e Mário Baratta. A exposição dos artesãos também é produto do projeto “Arte Rupestre de Monte Alegre: Difusão e memória do patrimônio arqueológico”.
Serviço: Abertura da Exposição “Visões: A arte rupestre em Monte Alegre”, às 19 horas da quinta-feira, dia 16 de maio, no Museu Paraense Emílio Goeldi, no Pavilhão de Exposições Rocinha, à Av. Magalhães Barata, 376, em Belém.
Realização: Museu Paraense Emilio Goeldi, em parceria com a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) e patrocínio da Petrobrás. Apoio: Museu da Imagem e do Som e Instituto José Álvares de Azevedo.
Período da mostra: de 16 de maio a 30 de setembro de 2013, de terça a sexta, 9h às 17horas. Aos sábados, domingos e feriados, de 9h às 14 horas.
Texto: Pauline Protásio