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Verbas para divulgação da ciência na Amazônia Paraense
Agência Museu Goeldi - O deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) se reuniu nesta quarta-feira (11) com o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Dr. Nilson Gabas Jr. Na pauta da discussão entre o parlamentar e os gestores da instituição, a canalização de recursos necessários para revitalizar a estrutura do principal complexo de popularização da ciência na Amazônia – o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. Entre as prioridades, a conclusão do pavilhão expositivo Eduardo Galvão, que dobra a capacidade do sesquicentenário museu de ciências.
Ciência e a tecnologia são eixos de organização do desenvolvimento contemporâneo, e em função do seu impacto e alcance, não devem ser preocupação exclusivas da comunidade científica. Ações múltiplas de divulgação científica favorecem que diversos segmentos tenham acesso ao conhecimento produzido pelos institutos e grupos de pesquisa e estimulam o ensino e a prática científica em todos os níveis.
As exposições de ciência cumprem a função de dar concretude para ideias, conceitos e os dados gerados pela comunidade científica. No caso da instituição paraense, as exposições também são ferramentas para compartilhar o patrimônio nacional sob sua guarda – atualmente o Museu Goeldi possui 18 coleções principais que reúnem mais de 4,5 milhões de itens tombados, tornando o MPEG um dos mais detentores de acervos no Brasil.
O diretor Nilson Gabas, a coordenadora de Comunicação e Extensão, Maria Emília Sales, e o chefe do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, Pedro Oliva, discutiram possibilidades de articulação para que o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD-SP), direcione recursos para a conclusão do Pavilhão de Exposições Eduardo Galvão. O Pavilhão encontra-se com suas obras de acabamento paralisadas desde 2010.
O Pavilhão - O novo pavilhão expositivo do Museu Goeldi é o maior de seu tipo na região Norte e foi construído para abrigar exposições permanentes e temporárias. O prédio adiciona mais 1.000 m² ao circuito da instituição, dotando-a de um local adequado para exibir peças de seus acervos etnográfico, arqueológico, mineral e biológico, em especial modelos da megafauna pré-histórica da Amazônia, como um esqueleto da extinta preguiça gigante da América do Sul. O novo pavilhão também permitirá o uso de recursos museológicos com tecnologia mais avançada e que não cabem no histórico prédio da Rocinha, erguido no século XIX.
O novo espaço expositivo ainda será palco de exposições temáticas com os resultados das pesquisas desenvolvidas na instituição, mostrando diferentes processos do estado do Pará e da Amazônia, seus impactos e ações de sustentabilidade.
O Pavilhão Eduardo Galvão, além de exposições, abrigará auditório, cafeteria, reserva técnica para os itens tombados, oficinas e sala para profissionais de museografia, equipe encarregada de projetar e organizar as mostras do Museu Goeldi.
O novo Pavilhão Eduardo Galvão faz parte do circuito expositivo do centenário Parque Zoobotânico (o primeiro do seu gênero no Brasil) do Museu Emílio Goeldi, que apresenta mais de 500 árvores, 1.700 animais livres e em cativeiro, exposições, prédios e monumentos históricos no centro da cidade de Belém – Pará. O jardim botânico e o zoológico são especializados na fauna e flora da Amazônia, simulam os ambientes terrestres e aquáticos da região, sendo espaço de lazer ecológico, ferramenta para educação científica, ambiental e patrimonial. O conjunto do Parque Zoobotânico (apontado pelo Ministério do Turismo em 2013 como uma das 65 atrações indutoras do desenvolvimento turístico regional no Brasil) recebe uma visitação de mais de 300 mil pessoas por ano.
Museu Goeldi – Ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Museu Paraense Emílio Goeldi é a instituição científica mais antiga da Amazônia. Foi fundado em 1866 na cidade de Belém, capital do estado do Pará. Atualmente, conta com quatro coordenações de Pesquisa: Botânica, Zoologia, Ciências da Terra e Ecologia e Ciências Humanas (que aglutina as áreas de Antropologia, Arqueologia e Linguística). O Museu Goeldi desenvolve cerca de 300 projetos de pesquisa e extensão em diversos estados amazônicos, além de cinco programas de pós-graduação em parceria com outras instituições e um de maneira autônoma. Mantém 3 bases físicas no Pará: o Parque Zoobotânico e o Campus de Pesquisa em Belém e uma Estação Científica na Floresta Nacional de Caxiuanã.