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Tradicional Festa da Árvore celebra a pupunheira no Museu Goeldi
Agência Museu Goeldi - De todos os lados que se escolhe olhar, são sempre as árvores que se destacam na paisagem e dão as boas-vindas aos que chegam ao Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Pela grande importância desses seres vivos para o Parque e para o bem estar das populações de Belém e da Amazônia, o Museu Goeldi realiza todos os anos a sua “Festa Anual da Árvore”.
Homenageada - Este ano, a festa acontece nos dias 17 e 20 de março e a árvore homenageada é a pupunheira (Bactris gasipaes Kunth), por sua importância cultural, histórica e científica para toda a região amazônica. Além de fazer parte de um dos mais tradicionais hábitos do Pará e da Amazônia - onde se consomem os frutos da pupunheira cozidos com sal e acompanhados de café - a pupunheira tem enorme importância científica e histórica.
Estudos genéticos e morfológicos sugerem que as diversas espécies que hoje produzem a variedade de pupunhas conhecidas são resultado de cruzamentos de espécies selvagens e da seleção por populações humanas há pelo menos 10 mil anos. Ou seja, a planta foi domesticada e é resultado das relações que as populações da Amazônia estabelecem com a floresta há milhares de anos.
Programação - A programação da Festa da Árvore acontecerá durante dois dias, 17 e 20 de março. No primeiro dia, a partir das 9h, o evento contará com uma palestra do Dr. Urano de Carvalho, da Embrapa, sobre as frutas da Amazônia. Em seguida será realizada a Trilha das Palmeiras do Parque Zoobotânico.
Já no domingo (20), segundo dia da programação, o público poderá conferir a Trilha das Palmeiras novamente e ainda uma mostra de artesanato, apresentações do “Programa Natureza” e atividades da Secretaria Municipal de Saúde, com teatro de bonecos e pintura infantil, como parte de campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Floresta na cidade - Uma Pesquisa realizada pelo próprio Museu Goeldi revelou que, até 2010, o Parque Zoobotânico era o fragmento florestal mais isolado do município de Belém, distante mais de 2 quilômetros do fragmento mais próximo, o Bosque Rodrigues Alves. Ao todo, a parte continental do Município de Belém já perdeu mais de 87% de sua cobertura vegetal original. Daí a importância de homenagear e conscientizar a todos sobre a importância das árvores não apenas para áreas silvestres, mas também urbanas.
Texto: Uriel Pinho