Notícias
Submissão de trabalhos no Congresso Internacional de Etnobiologia encerra neste domingo (15)
Agência Museu Goeldi – A submissão de trabalhos individuais ao XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia encerra neste domingo (15). No site do evento, os interessados devem escolher o eixo temático de maior afinidade com a sua proposta, dentro dos formatos pôster, apresentação oral ou apresentação artístico-cultural.
Com o tema central “Belém + 30: Os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e o uso sustentável da biodiversidade três décadas após da Declaração de Belém”, o evento inclui seis eixos temáticos: 1) Conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade: aspectos jurídicos, éticos e econômicos; 2) Mudanças globais: percepções e ações locais; 3) Sociobiodiversidade e segurança alimentar; 4) Ecologia histórica e a ontologia de paisagens; 5) Medicina tradicional, cosmologia e biodiversidade; 6) Manejo e conservação da biodiversidade: diálogos de saberes e experiências.
Caso as propostas não se encaixem em nenhum dos eixos temáticos indicados, os interessados podem selecionar a opção “outros”, e escolher o formato em que deseja apresentar o trabalho. Cada proponente pode submeter apenas uma apresentação em cada categoria (oral, pôster, artístico-cultural), totalizando até três propostas individuais como autor principal. Cada resumo pode ter até dez autores e os interessados podem participar como coautores em até dez trabalhos. Todas as propostas devem incluir um resumo com no máximo dois mil caracteres.
Inscrições – O prazo para submissão de trabalhos individuais (apresentações orais, pôsteres, filmes, performances) encerra neste domingo (15). Não é necessário fazer a inscrição para submeter propostas. As submissões devem ser feitas no site do evento. As inscrições para o evento também já estão abertas e o prazo com desconto encerra no dia 30 de abril.
Prêmio Darrell Posey de Fotografia – Em homenagem ao legado do pesquisador Darrell Posey para a Etnobiologia, será concedido o Prêmio Darrell Posey para fotografias e pôsteres. As fotografias deverão ser entregues impressas (em tamanho A4) e também em forma digital (formato JPG até 1 MB em pen-drive ou cartão de memória) dentro de um envelope constando o nome do autor, data da foto, formato (filme preto e branco ou colorido, digital) e uma breve descrição da fotografia com até 15 palavras, tanto no envelope como em uma folha inserida dentro do mesmo, contendo também o contato de e-mail e o telefone celular do autor.
A entrega das fotos deverá ser realizada no primeiro dia do evento (7 de agosto) no local de cadastramento dos participantes. Durante a programação, as fotos serão expostas e identificadas por números, e serão avaliadas por um júri e por votação popular no local. As fotografias vencedoras vão ser conhecidas no último dia do congresso. Os trabalhos apresentados em formato pôster também serão indicados ao Prêmio Darrell Posey, com premiação para os melhores trabalhos de graduandos, mestrandos, doutorandos, integrantes de comunidades tradicionais e profissionais.
Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia – O evento vai ser realizado na capital paraense no período de 7 a 10 de agosto de 2018, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, juntamente com o XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia e a I Feira Mundial de Sociobiodiversidade. A programação denominada Belém+30 marcará três décadas da primeira edição do Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia, realizada em 1988, na capital paraense.
Na época, a Declaração de Belém foi elaborada por pesquisadores das ciências sociais e naturais, ambientalistas e representantes indígenas de 25 países, que se encontraram para discutir interesses comuns. Os especialistas debateram os estudos sobre as formas como os povos indígenas e os camponeses percebem, usam e gerenciam os recursos naturais de maneira única, além do desenvolvimento de programas sobre a conservação da diversidade biológica e cultural.
Assim, os etnobiólogos relataram, na Declaração de Belém, as principais precupações da época, incluindo o desaparecimento de florestas tropicais e outros ecosistemas, a ameaça de extinção a diversas espécies de plantas e animais e, ainda, a perturbação e destruição de culturas indígenas ao redor do mundo. O documento reconheceu a conexão entre a diversidade biológica e cultural, destacando o papel fundamental dos povos indígenas e comunidades tradicionais para a conservação ambiental do planeta e chamando atenção para os processos mútuos de ameaça aos povos tradicionais, suas culturas e aos territórios onde eles habitam física e simbolicamente.
Além disso, o congresso, realizado há 30 anos, resultou na criação da Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE), que, desde então, a cada dois anos, promove eventos mundiais em diferentes países, incluindo China, Índia, Peru, Canadá, França, Butão e Uganda. Para a organização, trazer o evento mundial de volta a cidade de origem, Belém (PA), garante maior acesso e divulgação da produção científica sobre a Amazônia, ampliando as possibilidades de intercâmbio, socialização e diálogo sobre os conhecimentos, métodos e maneiras de desenvolver pesquisa, em parceria com povos indígenas e outras comunidades tradicionais do mundo, além dos centros de pesquisa internacionais.
Em Belém, o evento, promovido pela Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE), está sob a organização da Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi e Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, em parceria com diversas outras instituições de ensino e pesquisa da região, incluindo a Universidade do Estado do Pará e a Universidade Federal Rural da Amazônia.
No grande encontro entre os povos indígenas, populações tradicionais, pesquisadores e a população em geral, os participantes irão socializar os avanços científicos, éticos e jurídicos, ao longo das últimas três décadas, relacionados ao conhecimento ecológico tradicional dos povos indígenas. O evento também vai debater e alertar sobre as ameaças atuais à sociobiodiversidade do planeta.
Com essa expectativa, o Belém+30 vai reunir participantes de todos os continentes, incluindo pesquisadores acadêmicos, representantes de ONGs e agências de governos, ativistas, líderes e representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais de diferentes países, além de estudantes de todos os níveis de formação. Os membros das duas sociedades participantes incluem profissionais de todas as áreas do conhecimento, sobretudo antropólogos, arqueólogos, linguistas, biólogos e ecólogos de reconhecida liderança nas suas respectivas disciplinas, e que representam diversas abordagens teóricas e metodológicas.
Programação – Em quatro dias de evento, o público poderá participar de palestras com diversos especialistas e lideranças indígenas, como o cacique Raoni, da etnia Caiapó. Também serão realizadas sessões acadêmicas organizadas em torno do tema central e dos eixos temáticos do evento. A programação inclui também mesas de trabalho, mini-cursos no primeiro dia do evento para alunos de graduação e pós-graduação. E, ainda, a primeira feira mundial com produtos da sociobiodiversidade, além de programação cultural com danças e artes dos povos e comunidades tradicionais, e uma exposição no Museu Emílio Goeldi sobre o trabalho do antropólogo Darell Posey, pioneiro na etnobiologia no Brasil e na organização do primeiro congresso internacional em 1988. Na programação pré-evento, de 4 a 6 de agosto, estão previstas visitas a diversas comunidades tradicionais no entorno de Belém, uma oportunidade de experiência para os participantes com o turismo de base comunitária.
Serviço | Belém+30 – XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia; XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia e I Feira Mundial de Sociobiodiversidade.
Data: 7 a 10 de agosto de 2018.
Local: Hangar Centro de Convenções da Amazônia | Belém (PA).
Submissões de trabalhos individuais até 15 de abril.
Inscrições com desconto até 30 de abril.
Mais informações no site do evento.