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Segundo ciclo de debates sobre o desenvolvimento sustentável da Foz do Amazonas
Agência Museu Goeldi - Região de grande importância ecológica, sociocultural, geopolítica e econômica, a Foz do Amazonas mobiliza mais uma vez a ciência, o poder público e representantes de comunidades tradicionais para a discussão e análise das diversas variáveis pertinentes ao desenvolvimento sustentável desse território. Organizado em parceria entre o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), a segunda edição do seminário “A Foz do Amazonas: pesquisas, conservação e futuro” acontecerá no formato híbrido nesta quinta-feira (10).
A programação, que terá lugar no IEA-USP ao longo do dia e poderá ser acompanhada pelo canal do IEA-USP no YouTube, inclui debates sobre as vulnerabilidades do território sob o ponto de vista social, econômico, ambiental, de governança e científico. As estratégias para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e as perspectivas para o futuro da região também dominam a pauta do evento.
A abertura do evento contará com a participação de Mauro Pires (presidente do ICMBio), Taísa Mara Moraes Mendonça (secretária de Meio Ambiente do Amapá), Raul Protázio Romão (secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará), Candido Bracher (comunidade empresarial, via vídeo), Nilson Gabas Junior (diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi) e Roseli de Deus Lopes (diretora do IEA). Confira aqui a programação completa e os especialistas confirmados nos debates.
Em sua primeira edição realizada em Belém no Museu Goeldi, o seminário apresentou um panorama de estudos desenvolvidos em diferentes campos do conhecimento nas áreas de pesquisa e proteção. As discussões podem ser revistas nos vídeos da transmissão disponíveis no canal da instituição.
Nesta nova etapa, os pesquisadores pretendem ampliar o entendimento sobre as peculiaridades do território e encaminhar a articulação de propostas que visam a criação de um corredor de áreas protegidas costeiras e marinhas e de um instituto de pesquisas direcionado para a Foz do Amazonas. O objetivo é garantir o avanço da produção de conhecimento e a proteção efetiva e sustentável dos ecossistemas com atendimento dos interesses das populações locais.
Para Marlúcia Martins, coordenadora de pesquisa e pós-graduação do Museu Goeldi, as singularidades da Foz do Amazonas com ambientes de estuários, manguezais, restingas, de água doce e áreas marinhas, tornam a região única e desafiadora e que, portanto, merece um investimento científico para dar subsídio à sua conservação.
“É importante que nós possamos recolher o conhecimento já estabelecido, organizar esse conhecimento para definir algumas prioridades, como as áreas que devem ser legalmente protegidas, avaliando tanto o seu potencial de biodiversidade, de particularidades que precisam ser preservadas como também observando essas ameaças e como elas podem afetar de maneira contundente a biodiversidade”, analisa Marlúcia Martins.
Para Nilson Gabas Júnior, diretor do Museu Goeldi, é fundamental investir na capacidade local de estudar e proteger essa área singular e estratégica com fortalecimento de pesquisas articuladas com gestores e comunidades tradicionais, com a criação do Instituto da Foz do Amazonas e a participação ativa da sociedade.
“Estamos suscitando esse debate para que o que existe de mais importante seja estudado e conservado, sobretudo com foco nas comunidades tradicionais que habitam essa região”, ressalta Gabas Júnior, que complementa: “Neste segundo seminário, procuraremos aprofundar as questões científicas que tratamos no primeiro seminário, assim como daremos também uma demonstração de como a ciência embasa políticas públicas”, conclui o diretor.
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Texto: Fabrício Queiroz
Edição: Joice Santos
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Serviço: II Seminário: "A Foz do Amazonas: pesquisas, conservação e futuro"
Data: 10 de outubro de 2024, de 9h às 17h30
Local: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo - Sala Alfredo Bosi – Rua da Praça do Relógio, nº 109. São Paulo (SP)
Acompanhe pelo canal do IEA no YouTube.
Programação
9h - Abertura
Participantes: Mauro Pires (presidente do ICMBio), Taísa Mara Moraes Mendonça (secretária de Meio Ambiente do Amapá), Raul Protázio Romão (secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará), Candido Bracher (comunidade empresarial, via vídeo), Nilson Gabas Junior (diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi) e Roseli de Deus Lopes (diretora do IEA)
Apresentação: José Pedro de Oliveira Costa (IEA)
9h30 - Estado da Arte da Foz do Amazonas - Vulnerabilidades do território da Foz do Amazonas: social, econômico, ambiental, governança e ciência
Expositores: Nils Édwin Asp Neto (UFPA), Sandra Regina Pereira Gonçalves (CONFREM, comunidades tradicionais), Cleverson dos Santos (Museu Paraense Emílio Goeldi), Marcio Costa Vaz dos Santos (UFMA, comunidade científica), Ellivelton de Carvalho (IDEFLOR-Bio-Pará) e Euryandro Ribeiro Costa (SEMA Amapá).
Moderação: Alexander Turra (IEA e IO USP)
10h50 – Intervalo para café
11h10 - Visões de Futuro para a Foz do Amazonas: social, econômica, ambiental, governança e ciência
Expositores: Marcos Buckeridge (IB e IEA USP), Andréa Coelho (SEMAS Pará), Alberto Akama (Museu Paraense Emílio Goeldi), Rita Mesquita (SBio-MMA) e Jakeline Pereira (Imazon).
Moderação: Paulo Artaxo (IF e IEA USP)
12h30 - Intervalo para almoço
14h30 - Definição de uma Estratégia de Desenvolvimento Sustentável e de um Sistema de Áreas Protegidas para a Foz do Amazonas
Expositores: Ana Paula Prates (MMA), Iara Vasco Ferreira (ICMBio), Lis Stegmann (Embrapa), Eduardo Tavares Paes (UFRA), Paulo Artaxo (IF e IEA USP), Ronaldo Francini Filho (CEBIMar-USP) e Alexander Turra (IEA e IO USP).
Moderação: José Pedro de Oliveira Costa (IEA)
16h - Intervalo para café
16h20 - Comentários
17h - Próximos Passos
Alberto Akama (Museu Paraense Emílio Goeldi), Alexander Turra (IEA e IO USP) e José Pedro de Oliveira Costa (IEA)
17h30 – Encerramento
Participantes: Fábio Feldmann (consultor do Centro Brasil no Clima), João Paulo Capobianco (secretário-executivo do MMA), Nilson Gabas Junior (diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi) e Roseli de Deus Lopes (diretora do IEA).