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Príncipe do Japão visita o Museu Paraense Emílio Goeldi
Agência Museu Goeldi –
Vinte e sete anos depois de sua primeira visita, o príncipe Akishino voltou ao Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) nessa quarta-feira (4). Dessa vez, acompanhado de sua esposa, a princesa Kiko, o herdeiro japonês conheceu o Campus de Pesquisa da instituição, em Belém. O lugar foi o último ponto do roteiro de visitação imperial à capital paraense.
Zóologo de formação e presidente de um instituto de ornitologia em seu país, o filho mais novo do imperador
Akishino
demonstrou especial interesse pelo acervo animal do Museu Goeldi. Acompanhado pelo diretor do MPEG, Nilson Gabas Jr., e por pesquisadores do corpo científico, o príncipe conheceu as coleções científicas de peixes (ictiologia), insetos (entomologia) e pássaros (ornitologia). “O príncipe ficou impressionado com o tamanho da coleção ornitológica (com cerca de 70.000 espécimes) e com as novas espécies descobertas”, disse o ornitólogo Alexandre Aleixo, do MPEG.
Na coleção ictiológica, onde passou a maior parte das duas horas em que esteve no Campus de Pesquisa, Akishino quis ver os mesmos tipos de peixes que encontrou durante a sua ida ao Mercado do Ver-o-Peso, como o tamuatá e o filhote. Ao fim da visita, o casal imperial foi presenteado com livros publicados pelo Museu Goeldi e peças em cerâmica com inspiração marajoara e tapajônica, produzidas no distrito de Icoaraci.
“Foi uma honra receber pela segunda vez o príncipe do Japão no Museu Goeldi”, afirmou o diretor Nilson Gabas. “Isso demonstra a importância da instituição para o público especialista e de se ter boas coleções científicas, como amostras da biodiversidade amazônica. A visita do príncipe, como um interlocutor desse conhecimento, pode nos trazer uma aproximação maior com os institutos e pesquisadores japoneses”.
Texto: João Cunha