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Novas amostras do Museu Goeldi estão disponíveis no Reflora
Agência Museu Goeldi - Um total de 57.160 imagens de exsicatas (amostras botânicas), pertencentes ao acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), passaram a integrar o Herbário Virtual Reflora a partir do começo deste mês.
Parceiro do Reflora desde 2015, quando integrou ao sistema cerca de 2.600 imagens de tipos nomenclaturais, o Museu Goeldi possui agora 60 mil imagens do seu acervo botânico incluídas no programa, o que representa pouco mais de 20% do mesmo.
O Herbário do Museu Goeldi foi criado em 1895, sendo o mais antigo na Amazônia e o terceiro criado no Brasil. Ele resguarda parte importante da história do conhecimento sobre a flora amazônica, com diversos tipos nomenclaturais, amplo acervo de coleções de naturalistas pioneiros no estudo da flora regional, além de milhares de amostras coletadas nas últimas décadas. Segundo os especialistas, isso faz com que seja um destino obrigatório para quem estuda a flora da Amazônia.
Os dados dessas exsicatas já estavam publicados no site do próprio Museu Goeldi, por meio da aba Coleções (para acessar, clique aqui), mas a integração com o Reflora deve facilitar ainda mais o trabalho dos botânicos, além de permitir que as imagens sejam anexadas à Flora do Brasil 2020.
A iniciativa conta também com a parceria do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Segundo Cleverson Rannieri dos Santos, que coordenou o projeto no MPEG, o SiBBr apoiou com equipamentos (mesas e máquinas para digitalização), treinamento e bolsistas de apoio técnico.
Com os novos arquivos do MPEG, o Herbário Virtual Reflora, que é coordenado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, chega agora a mais de 3,7 milhões de imagens disponibilizadas para os pesquisadores e o público em geral.
“É uma enorme satisfação poder disponibilizar esse material, que realça a importância da coleção botânica centenária do Museu Goeldi e o papel das instituições públicas na conservação e disponibilização do conhecimento”, afirmou Ana Luisa Albernaz, diretora do MPEG.
Atualmente, o Museu Goeldi é um dos maiores fornecedores de dados do SiBBr. Além disso, com o aporte de recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), nos próximos anos o Museu Goeldi também dará acesso a projeções em 3D de peças representativas dos acervos institucionais.
Texto: Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Brenda Taketa
Foto: Rogers & Appan