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Museu Goeldi recebe comitiva da União Europeia
Agência Museu Goeldi - Em visita protocolar ao Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém, na tarde desta quinta-feira (13), a delegação da União Europeia reitera seu interesse em estreitar parcerias de cunho científico na região amazônica. Chefe de Missão Adjunta, Cláudia Gintersdorfer, e diplomatas representantes de embaixadas da Alemanha, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Luxemburgo, Países Baixos, Reino Unido e Suécia, foram recebidos pela diretora substituta da instituição, Roseny Mendes, a coordenadora de Comunicação e Extensão, Maria Emília Sales, e os pesquisadores Márcio Meira, Roberto Santos, Hendrikus van der Voort e Horácio Higuchi.
Após reunião na Diretoria do Museu Goeldi, a comitiva realizou um breve percurso por áreas simbólicas do Parque Zoobotânico da instituição, sob a condução de Horácio Higuchi. O pesquisador destacou a importância histórica da instituição na formação de cientistas no Brasil, e a participação das mulheres nesse processo, como a de Emília Snethlage (1868-1929), ex-diretora do Museu Goeldi e primeira mulher a dirigir uma instituição científica na América do Sul.
No percurso pelo MPEG, os diplomatas visitaram as exposições “Transformações: a Amazônia e o Antropoceno” e “Os Kayapós e Yairaiti” em exibição no Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna (Rocinha), principal prédio histórico do conjunto de edificações e monumentos do Zoobotânico do Museu Goeldi. A construção do século XIX era típica da área rural de Belém, onde era possível encontrar mais de 300 exemplares, todavia, hoje, a Rocinha do Museu Goeldi é a única aberta à apreciação pública da população e de visitantes da cidade. A visita foi concluída no Aquário Jacques Huber, o mais antigo do Brasil e que apresenta espécies importantes para a cultura das populações amazônicas. Curador do Aquário, Higuchi abordou algumas das peculiaridades sobre os peixes e répteis que compõem a mostra.
Cooperação - O mútuo interesse científico entre europeus e brasileiros foi ressaltado na visita da comitiva da União Europeia. Figura emblemática nesse longo processo de cooperação é o naturalista suíço Emílio Goeldi (1859-1917), zoólogo que dá nome à instituição criada em Belém do Pará em 1866. A parceria se estende ao longo do tempo com cientistas europeus das mais diversas formações e originários de diferentes países. O antropólogo Roberto Santos destacou a cooperação estabelecida entre o Museu Goeldi e a União Europeia, na década de 1990, para a realização do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7). A iniciativa é definida pela ministra da União Europeia no Brasil como um bom exemplo de cooperação.
Depois da série de atividades na capital paraense, a comitiva seguiu para a cidade de Santarém, na região oeste do Pará.
Texto: Érika Morhy