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Museu Goeldi participa de encontro nacional sobre jardins históricos
Agência Museu Goeldi – Sensibilizar o poder público e a sociedade civil quanto a importância da conservação e preservação dos jardins para a memória, educação patrimonial e a qualidade de vida da população: esse é o objetivo do VI Encontro de Jardins Históricos, que ocorre dos dias 21 a 23 de novembro, no auditório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Minas Gerais. O Museu Paraense Emílio Goeldi, que criou e mantém o mais antigo parque zoobotânico do Brasil, será representado no evento pelo Dr. Antônio Carlos Lobo Soares.
Lobo Soares é arquiteto e especialista no estudo das paisagens sonoras em parques urbanos. Ele participará da mesa-redonda "a produção do espaço paisagístico: as historicidades, os usos cotidianos e sonoridades presentes no jardim histórico", junto com Mariana Brito (PUC-RJ) e Ana Rosa Oliveira (Jardim Botânico do Rio de Janeiro). Soares abordará a percepção como ferramenta de planejamento, manejo e conservação da paisagem sonora de jardins históricos em Belém e Lisboa.
A técnica de análise da sonoridade já foi aplicada por Lobo Soares em seus estudos no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. Na época do seu mestrado, o pesquisador examinou três aspectos da urbanização que impactam a conservação do Parque do Goeldi: a verticalização das edificações e o adensamento de veículos em seu entorno, o uso público e institucional. O Zoobotânico do Museu Goeldi é um jardim histórico criado em 1895, que hoje ocupa 5,4 hectares no centro da cidade de Belém, onde reúne monumentos históricos, pavilhões expositivos, mais de três mil animais pertencentes a 100 espécies diferentes, envolvidos por mais de duas mil plantas que representam 500 espécies botânicas.
O evento - O IV Encontro de Jardins Históricos será realizado pela Rede Brasileira de Jardins e Paisagens, em parceria com o IPHAN, Fundação Casa de Rui Barbosa - FCRB e Escola de Belas Artes- EBA/UFRJ. O evento conta também com o apoio da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas – ABAP, Secretaria da Cultura do Estado de Minas Gerais, Grupo de Pesquisas História do Paisagismo GPHp – EBA/UFRJ, Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas GPPH – EBA/UFRJ e do International Council on Monuments and Sites – ICOMOS/BR.
Mais informações na programação completa do evento.
Rede –A Rede Brasileira de Jardins e Paisagens é um grupo dedicado à valorização do patrimônio natural e cultural, e à defesa dos jardins históricos, paisagens e rotas culturais brasileiras. Sua criação se deve à preocupação de um grupo de profissionais com a não valorização dos jardins históricos, em comparação à que é dispensada a outros bens culturais e artísticos.
Desde o surgimento, foram realizados diversos eventos e reuniões, dos quais os mais expressivos foram as cinco edições do Encontro de Gestores de Jardins Históricos. Atualmente, o grupo assumiu um compromisso mais amplo do que o proposto inicialmente, não se restringindo mais apenas a jardins históricos, incluindo também as paisagens culturais.
Texto: Karolina Pavão