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Museu Goeldi oferece minicurso sobre educação patrimonial
Agência Museu Goeldi – Uma boa oportunidade de conhecer alguns elementos conceituais de patrimônio cultural e educação patrimonial, tendo como ponto de partida uma experiência bem-sucedida de popularização da ciência e que foi consolidada na Amazônia, será ofertada a professores e educadores no próximo dia 13 de agosto. O minicurso “Educação Patrimonial: o Museu Goeldi de Portas Abertas como instrumento de mediação” será ministrado on-line, com vagas limitadas até 100 participantes. As inscrições podem ser feitas, gratuitamente, até a véspera do evento, que será realizado de 14h às 16h, pela plataforma Google Meet. A atividade terá como palestrantes o antropólogo Cyro Lins e a bolsista de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Amanda Santos, cujo projeto de pesquisa analisa o evento pelas lentes da educação patrimonial.
O programa O Museu Goeldi de Portas Abertas é desenvolvido há 35 anos, no intuito de incentivar e divulgar a prática científica, especialmente entre estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. A cada edição, a comunidade técnico-científica da instituição oferece acesso à população escolar a ambientes públicos e restritos do Parque Zoobotânico e do Campus Pesquisa da instituição, em Belém, por meio de visitas guiadas e estímulos das diferentes áreas de conhecimento do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), entre as quais as ciências Humanas, Naturais e da Terra.
O programa ganha cada vez mais acolhida no calendário cultural do Pará, mantendo sua vitalidade com as transformações implementadas ao longo do tempo. Helena Quadros, coordenadora do Museu de Portas Abertas, faz questão de lembrar que, em 2019, por exemplo, foi possível promover sua primeira versão itinerante, alcançando cidades como Limoeiro do Ajuru e Santo Antônio do Tauá. Além de ampliar sua atuação para outras cidades do estado, o programa integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia desde o ano de 2009.
Helena fará a apresentação do minicurso e abordará aspectos do percurso do Museu de Portas Abertas, analisado por ela em sua tese de doutorado na área da Educação. Nele, a pedagoga aborda “questões ligadas à cultura científica que perpassam o programa, no sentido de compor o campo da epistemologia da educação museal”. Quadros é orientadora da estudante de Pedagogia da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Amanda Santos, que desenvolve no Museu Goeldi um estudo sobre o Museu de Portas Abertas desde agosto de 2019, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) – bolsas que têm como meta desenvolver ou melhorar produtos, processos ou serviços.
“O que mais me chama atenção até esse momento da pesquisa é a dimensão do projeto, sua trajetória histórica com a comunidade do bairro da Terra Firme e a mobilização que ele promove dentro da instituição”, pontua Amanda, referindo-se à interação entre a equipe do Museu Goeldi que trabalha no Campus de Pesquisa da instituição e a população do bairro onde está inserido. A bolsista encerra sua pesquisa em setembro e apresentará no minicurso alguns aspectos investigados com o auxílio da bolsa Pibiti.
Palestra – O antropólogo Cyro Lins, ex-superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Pará e atualmente na Coordenação de Comunicação e Extensão (Cocex) do Museu Goeldi, irá proferir a palestra “A educação patrimonial como instrumento de preservação e proteção do patrimônio cultural”. Lins faz questão de ressaltar o valor do Museu Goeldi para a região amazônica e para o Brasil, “considerando que o primeiro tombamento realizado a nível federal foi de sua coleção arqueológica e etnográfica, ainda em 1940” e que, por meio delas, é possível “compreender as trajetórias das populações originárias de nossa região”.
Exemplares destes acervos riquíssimos são postos à mostra para a comunidade escolar durante as atividades do Museu de Portas Abertas a cada ano e são fruto de pesquisas desenvolvidas pela instituição, que completa 154 anos no próximo mês de outubro. Atualmente, o Museu Goeldi organiza e mantém sob sua guarda cerca de 4,5 milhões de itens tombados, distribuídos em 19 acervos científicos. As pesquisas do MPEG “contribuem significativamente para a preservação, valorização e promoção do patrimônio cultural brasileiro”, garante Cyro.
Uma das bases físicas do Museu Goeldi também ocupa um lugar especial neste contexto patrimonial. “O Parque Zoobotânico é um belo exemplar de jardim histórico, associando elementos da natureza com construções históricas de diferentes estilos, como o barroco e o neoclássico”, aponta o antropólogo. E é ainda “um marco por meio do qual compreendemos os processos de ocupação e de desenvolvimento científico e econômico do Pará e da Amazônia”. Cyro explica que este é um ambiente privilegiado de construção “de memória e identidade dos paraenses, sobretudo da região metropolitana de Belém. Todo mundo tem uma memória afetiva relacionada ao Museu, que é também uma das principais alternativas de lazer da população”. Motivos de sobra para que se invista em ações de valorização deste patrimônio e se conheça processos educativos que garantam sua preservação.
Os participantes do minicurso receberão materiais teóricos, que serão encaminhados via e-mail, juntamente com o link para o questionário de avaliação, disponibilizados após a realização da atividade.
Serviço | Minicurso “Educação patrimonial: o Museu Goeldi de Portas Abertas como instrumento de mediação”
Data: 13 de agosto
Hora: 14h às 16h
Inscrições até dia 11 (gratuitas)
Texto: Erika Morhy
Agência Museu Goeldi – Uma boa oportunidade de conhecer alguns elementos conceituais de patrimônio cultural e educação patrimonial, tendo como ponto de partida uma experiência bem-sucedida de popularização da ciência e que foi consolidada na Amazônia, será ofertada a professores e educadores no próximo dia 13 de agosto. O minicurso “Educação Patrimonial: o Museu Goeldi de Portas Abertas como instrumento de mediação” será ministrado on-line, com vagas limitadas até 100 participantes. As inscrições podem ser feitas, gratuitamente, até a véspera do evento, que será realizado de 14h às 16h, pela plataforma Google Meet. A atividade terá como palestrantes o antropólogo Cyro Lins e a bolsista de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Amanda Santos, cujo projeto de pesquisa analisa o evento pelas lentes da educação patrimonial.
O programa O Museu Goeldi de Portas Abertas é desenvolvido há 35 anos, no intuito de incentivar e divulgar a prática científica, especialmente entre estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. A cada edição, a comunidade técnico-científica da instituição oferece acesso à população escolar a ambientes públicos e restritos do Parque Zoobotânico e do Campus Pesquisa da instituição, em Belém, por meio de visitas guiadas e estímulos das diferentes áreas de conhecimento do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), entre as quais as ciências Humanas, Naturais e da Terra.
O programa ganha cada vez mais acolhida no calendário cultural do Pará, mantendo sua vitalidade com as transformações implementadas ao longo do tempo. Helena Quadros, coordenadora do Museu de Portas Abertas, faz questão de lembrar que, em 2019, por exemplo, foi possível promover sua primeira versão itinerante, alcançando cidades como Limoeiro do Ajuru e Santo Antônio do Tauá. Além de ampliar sua atuação para outras cidades do estado, o programa integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia desde o ano de 2009.
Helena fará a apresentação do minicurso e abordará aspectos do percurso do Museu de Portas Abertas, analisado por ela em sua tese de doutorado na área da Educação. Nele, a pedagoga aborda “questões ligadas à cultura científica que perpassam o programa, no sentido de compor o campo da epistemologia da educação museal”. Quadros é orientadora da estudante de Pedagogia da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Amanda Santos, que desenvolve no Museu Goeldi um estudo sobre o Museu de Portas Abertas desde agosto de 2019, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) – bolsas que têm como meta desenvolver ou melhorar produtos, processos ou serviços.
“O que mais me chama atenção até esse momento da pesquisa é a dimensão do projeto, sua trajetória histórica com a comunidade do bairro da Terra Firme e a mobilização que ele promove dentro da instituição”, pontua Amanda, referindo-se à interação entre a equipe do Museu Goeldi que trabalha no Campus de Pesquisa da instituição e a população do bairro onde está inserido. A bolsista encerra sua pesquisa em setembro e apresentará no minicurso alguns aspectos investigados com o auxílio da bolsa Pibiti.
Palestra – O antropólogo Cyro Lins, ex-superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Pará e atualmente na Coordenação de Comunicação e Extensão (Cocex) do Museu Goeldi, irá proferir a palestra “A educação patrimonial como instrumento de preservação e proteção do patrimônio cultural”. Lins faz questão de ressaltar o valor do Museu Goeldi para a região amazônica e para o Brasil, “considerando que o primeiro tombamento realizado a nível federal foi de sua coleção arqueológica e etnográfica, ainda em 1940” e que, por meio delas, é possível “compreender as trajetórias das populações originárias de nossa região”.
Exemplares destes acervos riquíssimos são postos à mostra para a comunidade escolar durante as atividades do Museu de Portas Abertas a cada ano e são fruto de pesquisas desenvolvidas pela instituição, que completa 154 anos no próximo mês de outubro. Atualmente, o Museu Goeldi organiza e mantém sob sua guarda cerca de 4,5 milhões de itens tombados, distribuídos em 19 acervos científicos. As pesquisas do MPEG “contribuem significativamente para a preservação, valorização e promoção do patrimônio cultural brasileiro”, garante Cyro.
Uma das bases físicas do Museu Goeldi também ocupa um lugar especial neste contexto patrimonial. “O Parque Zoobotânico é um belo exemplar de jardim histórico, associando elementos da natureza com construções históricas de diferentes estilos, como o barroco e o neoclássico”, aponta o antropólogo. E é ainda “um marco por meio do qual compreendemos os processos de ocupação e de desenvolvimento científico e econômico do Pará e da Amazônia”. Cyro explica que este é um ambiente privilegiado de construção “de memória e identidade dos paraenses, sobretudo da região metropolitana de Belém. Todo mundo tem uma memória afetiva relacionada ao Museu, que é também uma das principais alternativas de lazer da população”. Motivos de sobra para que se invista em ações de valorização deste patrimônio e se conheça processos educativos que garantam sua preservação.
Os participantes do minicurso receberão materiais teóricos, que serão encaminhados via e-mail, juntamente com o link para o questionário de avaliação, disponibilizados após a realização da atividade.
Serviço | Minicurso “Educação patrimonial: o Museu Goeldi de Portas Abertas como instrumento de mediação”
Data: 13 de agosto
Hora: 14h às 16h
Inscrições até dia 11 (gratuitas)
Texto: Erika Morhy