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Museu Goeldi celebra o bicentenário de seu criador e lança ações comunitárias
Agência Museu Goeldi – O Museu Paraense Emílio Goeldi celebra os 200 anos de Domingos Soares Ferreira Penna, idealizador e primeiro diretor da instituição. Na manhã desta quarta-feira (6), no Parque Zoobotânico, será realizada a palestra “A trajetória profissional e a construção da memória de Ferreira Penna (1818-1888)”, com Nelson Sanjad (MPEG), Dr. em História da Ciência e Saúde, e Lilian Bayma (MPEG), doutoranda em Museologia e Patrimônio. Em seguida, os participantes farão uma visita ao busto do naturalista, que foi um grande conhecedor e incentivador da ciência na Amazônia.
Nascido em Minas Gerais, no dia 6 de junho de 1818, Ferreira Penna foi responsável por contribuições inestimáveis ao conhecimento da Amazônia, região onde viveu e morreu. Naturalista do Museu Nacional do Rio de Janeiro, fez carreira em Belém como geógrafo, etnógrafo e secretário de Estado, trabalhando também como jornalista e professor. Sua atuação político-científica foi fundamental para a criação da primeira instituição científica da região amazônica: o Museu Paraense, fundado em 1866, hoje Museu Paraense Emílio Goeldi.
Entre as várias contribuições à ciência, Ferreira Penna descreveu uma das mais importantes unidades fossilíferas do Brasil (a formação Pirabas), produziu estudos sobre cerâmicas, além de extensos registros de sambaquis na costa do Pará, e ajudou na organização da Expedição Antropológica Nacional. Vítima de uma congestão pulmonar, Ferreira Penna faleceu em 6 de janeiro de 1888, aos 69 anos.
Busto – Inaugurado em 22 de junho de 1908, o busto em homenagem à Ferreira Penna foi esculpido pelo artista mexicano Rodolfo Bernardelli (1852-1931), à época diretor da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Está assentado em um pedestal de granito e foi erigido pelo Governador Augusto Montenegro.
O busto está localizado no lado ocidental da Rocinha, edifício central do MPEG em oposição à Herma de Spix e Martius. A disposição desses monumentos no Parque Zoobotânico remete a um passado no qual o conhecimento científico do território brasileiro era dominado por naturalistas estrangeiros, enquanto celebra o despertar do país para a ciência, por meio de homens como Ferreira Penna e de instituições como o Museu Paraense.
Programação ambiental – A programação ambiental do Museu Goeldi continua até o final do mês de junho. Nesta quarta-feira (6), a entrada no Parque Zoobotânico será gratuita e, às 14h, serão lançados projetos voltados para ações comunitárias.
As atividades serão no auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, no Parque Zoobotânico. Na ocasião, haverá o lançamento do projeto “Jardim Botânico vai à Comunidade” e do grupo “Papel Coletivo”, além da apresentação teatral de alunos da Escola Municipal Parque Amazônia. O acesso é livre a todos os públicos e as inscrições podem ser feitas no local do evento.
Com início marcado para às 14h, a primeira atividade será com os alunos da Escola Municipal Parque Amazônia. O objetivo da peça é chamar a atenção do público para a sustentabilidade e as ações de cuidado com o meio ambiente.
Após a encenação, será a vez do lançamento do projeto “Jardim Botânico vai à comunidade: espaço verde e cultura da paz nas escolas”. Trata-se de uma iniciativa experimental com a Escola Estadual Mário Barbosa, de estimular a comunidade escolar e os moradores do bairro da Terra Firme para questões relacionadas a melhoria da qualidade de vida, desenvolvendo ações com alunos e professores da escola. Entre as ações programadas, estão a criação de mutirões e oficinas para construção de hortas e jardins. O projeto será apresentado pelo conselheiro do Ponto de Memória da Terra Firme, José Maria Vale. O Ponto de Memória atua com a comunidade do bairro, onde incentiva ações de reconhecimento e valorização da memória social local. A apresentação cultural do grupo Instrumentália, também do bairro da Terra Firme, faz parte da programação.
O lançamento do grupo “Papel Coletivo: arquitetura para quem?” conclui as atividades. Esse grupo parte do pressuposto de que a atuação da arquitetura de qualidade no estado é quase inacessível às pessoas de baixa renda. Essa constatação incomodou sete arquitetos e um engenheiro civil que, juntos, uniram forças e ideais, assumindo como missão a prática de uma arquitetura social e participativa para todos.
Os profissionais vão além dos aspectos técnicos da construção civil e buscam destacar a importância da qualidade de vida e dignidade social das comunidades, dentro do contexto urbano da cidade. A apresentação do grupo será feita por Cinara Mendes.
Dia Mundial do Meio Ambiente – A programação do Museu Goeldi dialoga com o conjunto de comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta terça-feira (5). Este ano, o tema eleito pelo Organização das Nações Unidas foi #AcabeComAPoluiçãoPlástica. O assunto chama atenção para o consumo excessivo de produtos plásticos descartáveis, que têm contaminado e prejudicado a vida de rios e oceanos, além de afetar a saúde humana.
Em apoio à campanha, o Museu também alerta, sobretudo aos visitantes do Parque Zoobotânico, sobre os cuidados de preservação da fauna e da flora, orientando que não espalhem resíduos na área, já que podem ser consumidos pela população animal, livre ou em cativeiro, provocando seu adoecimento.
Serviços:
Palestra: A trajetória profissional e a construção da memória de Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888) | Dr. Nelson Sanjad e Me. Lilian Bayma .
Data: 6 de junho de 2018 (quarta-feira), às 9h.
Local: Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, Parque Zoobotânico do Museu Goeldi (Avenida Magalhães Barata, 376, bairro São Braz).
Lançamento do projeto “Jardim Botânico vai à Comunidade”, do grupo “Papel Coletivo” e apresentação do “Ponto de Memória da Terra Firme”
Data: 6 de junho de 2018 (quarta-feira), das 14h às 17h.
Local: Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, Parque Zoobotânico do Museu Goeldi (Avenida Magalhães Barata, 376, bairro São Braz)
* Inscrições podem ser realizadas no dia do evento
Programação
14h – Peça teatral dos alunos da Escola Municipal Parque Amazônia.
14h30 – Lançamento do projeto “Jardim Botânico vai à comunidade: espaço verde e cultura da paz nas escolas”. Apresentação: José Maria, Conselheiro do Ponto de Memória da Terra Firme.
15h – Apresentação cultural: Grupo Instrumentália
15h30 – Lançamento do grupo “Papel Coletivo: arquitetura para quem?” Apresentação: Cinara Mendes.
16h30 – Debate e sugestões.