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Luto por Bruno Pereira e Dom Phillips e solidariedade às suas famílias
O Museu Paraense Emílio Goeldi manifesta publicamente a solidariedade às famílias do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ambos assassinados em junho no exercício de suas profissões no Vale do Javari, na Amazônia Brasileira. Nossa preocupação e solidariedade se estende também a todos povos originários e comunidades que se encontram ameaçados por pessoas e organizações criminosas, que atuam sem limites na Amazônia e degradam todos os aspectos da vida na região.
A maior floresta tropical do mundo e seus moradores gritam por socorro. Bruno Pereira e Dom Phillips escutaram esse apelo, entenderam o que está em risco, que se traduzia em ameaças sistemáticas e avassaladoras a vidas, modos de vida e a permanência de um legado rico, complexo e sofisticado - a Floresta Amazônica. Se comprometeram e agiam profissionalmente para apoiar e dar voz a quem está no lado mais vulnerável, como os índios isolados, e os que resistem e lutam para defender a Amazônia. O crime que ceifou as vidas de Bruno e Dom precisa ser investigado e punido. A violência do qual foram vítimas não é algo isolado e não pode ser banalizada. Ela pode atingir qualquer um que presta serviço de interesse público em regiões tomadas pelo crime.
Que as vidas de Bruno e Dom, e todos que defenderam os direitos humanos e uma Amazônia com justiça socioambiental, sejam sementes de um Brasil diverso que constrói, compartilha conhecimentos e produz para conservar em benefício das gerações atuais e futuras.
Nosso respeito e sentimentos para Beatriz Matos, Alessandra Sampaio, seus filhos, familiares, amigos e colegas.
Museu Paraense Emílio Goeldi
155 anos de ciência na Amazônia