Evento no Goeldi discute achados arqueológicos na região de Carajás (PA)

Agência Museu Goeldi – A Serra de Carajás, no sudeste do estado do Pará, é conhecida internacionalmente por abrigar uma das maiores províncias minerais do mundo. Mas, antes de estar inserida na economia global como produtora de ferro e outros minérios, a região já era percorrida por mulheres e homens que há milhares de anos iniciaram sua exploração e ocupação.

O Projeto Arqueológico Carajás (PACA), coordenado pelo Museu Goeldi, pesquisa vestígios desses grupos humanos e realizará o Simpósio “PACA - Primeiros Resultados” no período de 1 a 3 de dezembro de 2015. O objetivo é reunir profissionais que desenvolvem ou desenvolveram pesquisas na região de Carajás para mostrar e discutir a Arqueologia local, assim como apresentar e discutir teoria, métodos, hipóteses e resultados das pesquisas realizadas pelo PACA entre os anos de 2011 a 2014.

O evento contará com 15 palestras de pesquisadores do PACA, consultores e convidados, além da apresentação oral e em pôster de 13 bolsistas do projeto. Entre os palestrantes estão Dra. Jacqueline Rodet (UFMG), Dr. Renato Kipnis (Scientia Consultoria), Ms. Wesley de Oliveira (Habilis Consultoria), Ms. Clóvis Maurity (Instituto Vale), Marciano Grokaliski (Casa de cultura de Marabá), Tallyta Araujo (UFMG), Dra. Edithe Pereira (MPEG). Confira a programação clicando aqui.

Arqueologia em Carajás - As pesquisas arqueológicas em Carajás tomaram impulso em 1983, quando o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), o Museu Goeldi e a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) firmaram um convênio para estudar os impactos ambientais causados pela exploração de minério na região. Na época, a equipe de Arqueologia do Museu desenvolveu um subprojeto de salvamento arqueológico para preservar elementos da memória pré-histórica da região.

Desde então, as pesquisas arqueológicas em Carajás indicam, dentre outras coisas, que a ocupação da região foi iniciada há milhares de anos por populações já adaptadas aos recursos naturais da floresta, de modo a torná-la mais produtiva e “familiar” aos seus hábitos e visões sobre a natureza. Esses indícios contradizem teorias que enfatizam comportamentos mais passivos desses antigos habitantes, ao invés de sua interferência no ambiente.

Texto: Uriel Pinho

Serviço:

Simpósio “PACA - Primeiros Resultados”

Data: 01 a 03 de dezembro de 2015

Local: Auditório Paulo Cavalcante, Campus de Pesquisa do Museu Goeldi. Av. Perimetral, 1901, Terra Firme – Belém/PA

Os interessados em participar do simpósio podem se inscrever pelo e-mail simposiopaca@gmail.com, enviando nome completo, formação, vínculo institucional e e-mail para contato. A programação será gratuita e aberta para o público até o limite de 200 vagas.