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Estímulo à criação de jardins botânicos nos municípios brasileiros
Agência Museu Goeldi - A Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RBJB) e o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) assinaram um Termo de Cooperação para a formação e criação de jardins botânicos durante a 24º Reunião da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, que iniciou no último dia 6 no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. É a segunda vez que o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi sedia a reunião da rede. Atualmente, a cidade de Belém conta com dois jardins botânicos: o Zoobotânico do Museu Goeldi e o Bosque Rodrigues Alves.
Atualmente, no Brasil, a RBJB reconhece 160 instituições que desenvolvem atividades de jardim botânico. Destas, 71 estão associadas à rede. Todavia, apenas 24 jardins são reconhecidos oficialmente pelo governo brasileiro. O Museu Paraense Emílio Goeldi está entre as 24 instituições. Os jardins botânicos podem ser enquadrados em três categorias – A, B e C. Os espaços assim reconhecidos tem como características, entre outras, o desenvolvimento de pesquisas visando a conservação de espécies, o desenvolvimento de programas na área de educação ambiental, além de possuir coleções especiais representativas da flora local.
O IBAM presta assessoria para a qualificação da gestão municipal e colabora com várias prefeituras da Amazônia Legal, desenvolvendo programas voltados para a sustentabilidade e visando a melhoria da qualidade de vida da população. O termo de cooperação é para incluir a criação e formação de jardins botânicos no Programa de Qualificação da Gestão Ambiental, desenvolvido pelo IBAM e financiado pelo Fundo Amazônia. Neste trabalho, a RBJB contará com a assessoria do Museu Goeldi e do professor Enio Candotti, diretor do Museu da Amazônia (MUSA).
As organizações pretendem estimular os municípios da Amazônia Legal para criar hortos botânicos especializados na flora amazônica, como jardins ex situ , com plantas que vieram de outros locais de origem e foram adaptadas ao ambiente, como é o caso do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, e jardins botânicos in situ, área de vegetação nativa protegida, como é o caso do Bosque Rodrigues Alves.
De acordo com João Neves Toledo, presidente da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, a celebração desse termo de cooperação permitirá multiplicar a mensagem e o conceito dos jardins botânicos, sensibilizando as prefeituras para a conservação da flora, educação ambiental e a valorização do principal ativo da natureza brasileira – a sua biodiversidade.
Serviço: 24º Reunião da Rede Brasileira de Jardins Botânicos, de 06 a 10/ 11/2017, no auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém-Pará.
Texto: Marco Aurélio Gomes