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Empenhado na preservação da Amazônia, Consórcio discute vias de sustentabilidade ambiental para a região
Agência Museu Goeldi – O território amazônico é uma composição de muitas e diferentes Amazônias. Apesar de enorme, a biodiversidade é específica, e as altas taxas de desmatamento em muitos pontos da floresta vêm preocupando a comunidade científica global. Reunidos nessa quarta-feira (18), no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) em Belém (PA), pesquisadores brasileiros e noruegueses do apresentaram alguns dos estudos mais recentes sobre clima e a diversidade biológica da região.
“Há algum tempo, nós temos a avaliação de que a área de floresta na Amazônia não pode ser mais desmatada” disse a coordenadora do consórcio pelo Museu Goeldi, Marlúcia Martins. “O Consórcio busca alternativas nesse sentido, porque você zerar desmatamento não é uma questão de polícia, e sim de alternativas econômicas, de desenvolvimento”.
Após dois anos de atividades no Estado do Pará, o Consórcio de Pesquisa sobre Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC) promoveu o Seminário “Pesquisas em Mudanças Climáticas e Biodiversidade na Amazônia - Novas perspectivas” para a troca de informações entre diferentes linhas de pesquisa das instituições científicas – membro (Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal Rural da Amazônia e a Universidade de Oslo) e convidadas. Também estavam presentes representantes da mineradora norueguesa Hydro, membro do Consórcio, e do governo norueguês, incluindo os vice-ministro de Clima e Meio Ambiente, Lars Andreas Lunde, o ministro de Educação e Pesquisa, Torbjørn Røe Isaksen, e o príncipe do país, Haakon Maguns
Haakon Magnus – “A importância da Amazônia para o bem-estar do planeta é conhecida. É um prazer e uma grande oportunidade para mim, estar aqui e aprender sobre a biodiversidade única e seu papel na luta contra as mudanças climáticas”, disse o príncipe da Noruega, Haakon Magnus, durante o encerramento do seminário. O herdeiro da Coroa ressaltou a longa parceria entre o país europeu e o Brasil em pautas ambientais, na qual o Consórcio de Pesquisa sobre Biodiversidade exerce uma função estratégica na Amazônia.
Após o pronunciamento, Haakon e uma comitiva da Noruega conheceram o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi. Em um dos canteiros do parque, o príncipe plantou uma muda de Piquiá, espécie de árvore nativa. Em seguida, visitou o viveiro das preguiças, onde carregou um filhote do animal.
Para o diretor do Museu, Nilson Gabas, a presença dos representantes noruegueses é o reflexo da preocupação do país em buscar parceiros locais para os problemas ambientais da Amazônia. “Tradicionalmente a pesquisa, inovação e ciência e as tomadas são feitas basicamente por políticas públicas estabelecidas no Sul e Sudeste do Brasil. A partir de uma parceria estratégica com a Noruega, nós temos aqui uma chance de estabelecer e começar políticas com a população e o conhecimento local, com as questões que nos afetam aqui no Estado do Pará”, afirmou.
Texto: João Cunha