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Diálogos entre ciência e fotografia em destaque no Museu Goeldi
Agência Museu Goeldi - O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia promovem, no próximo dia 24 de maio, no auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão, uma roda de conversa sobre linguagem fotográfica. A atividade inaugura a jornada “Escritas Luminosas: Interseções entre fotografia e ciência na Amazônia”, uma série de encontros quinzenais organizados pela instituição e tem como objetivo debater a estreita relação entre fotografia e pesquisa científica no âmbito da Amazônia.
Nessa primeira edição, o pesquisador Nelson Sanjad (MPEG) e o fotógrafo Mariano Klautau Filho falarão sobre o trabalho de curadoria que resultou nas exposições “In Natura/In Vitro”, em cartaz no Museu da Universidade Federal do Pará, e “Arboretum”, em exibição no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.
A mostra "Arboretum" reúne 15 fotografias de Jacques Huber, publicadas entre 1900 e 1906 na obra "Arboretum Amazonicum: Iconographia dos mais importantes vegetaes espontaneos e cultivados da região amazônica". São imagens feitas em campo e na cidade de Belém que retratam espécimes botânicos em seu ambiente natural e em relação com seres humanos.
Seja na densa escuridão de uma floresta ou na clara amplidão de praias e campos, seja em uma rua de Belém ou em uma aldeia indígena, a diversidade de ambientes e de formas de vida é representada por Huber com maestria e sensibilidade, criando imagens que ainda hoje nos surpreendem pela qualidade técnica e composição estética. O público pode conferir uma seleção desses trabalhos no hall do Centro de Exposição, localizado no Parque Zoobotânico, no período de 24 de maio a 23 de junho.
Pioneirismo na fotografia científica - Jacques Huber (1867-1914) nasceu na Suíça e migrou para o Brasil em 1895. Viveu até o final da vida em Belém, trabalhando como chefe da seção botânica e depois diretor do Museu Goeldi. Seu nome é bem conhecido entre os cientistas que estudam a floresta amazônica. Sua obra fotográfica, entretanto, só recentemente começou a ser (re)descoberta. Ela se caracteriza pelo registro de paisagens e plantas em contextos naturais, urbanos e rurais. O viés documental de sua produção fotográfica é atualmente considerado pioneiro no âmbito da fotografia científica e também do movimento modernista que marcou as primeiras décadas do século XX.
Serviço:
Escritas Luminosas: interseções entre fotografia e ciência na Amazônia
Data / hora: 24 de maio, às 10h.
Local: auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão (Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi)
Arboretum
Período de visitação: 24 de maio a 23 de junho de 2024
Horário de funcionamento: 09h às 13h
Local: hall do Centro de Exposições Eduardo Galvão (Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi)