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Dia das Crianças com ciência e diversão
Agência Museu Goeldi - O Parque Zoobotânico do Museu Goeldi abriu em um horário atípico no dia 12 de outubro, dia das crianças. Já às 8h, uma bilheteria extra, além das duas de costume, funcionava para que o fluxo intenso de visitantes não atrapalhasse a celebração das famílias que trouxeram suas crianças ao Parque.
Entre adultos e crianças, mais de 10 mil visitantes - quase 4 mil a mais que no mesmo dia do ano passado - estiveram no Museu Goeldi e participaram de programações pensadas para entreter e educar os pequenos.
Gleice Cardoso, diarista e mãe de Emily, de 2 anos, explicou que a escolha do Museu Goeldi como programação do Dia das Crianças aconteceu devido a flora e a fauna, elementos raros para quem vive na cidade. “Tem muitos bichos que ela só vê na televisão. Aqui ela vai ver pelo menos ao vivo e a cores, vai conhecer mais a onça, anta, jacaré, e aproveitar esse clima gostoso”, diz Gleice. Ainda no início do passeio, ela se impressionou com a variedade da programação: “Já pegamos revistinhas, batemos foto com o exército. A programação tá muito legal”.
Lazer e conhecimento - As atividades começaram desde que as bilheterias abriram, às 8h. OS atrativos incluíram o tradicional Programa Natureza e uma exposição organizada pelo 2º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército, junto ao Grupo de Nazaré Escoteiros do Mar.
Havia também uma tenda da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), e algumas opções de café da manhã - como a Barraca da Morena e o Café Beneficente Museu Goeldi 150 - que teve parte de seus lucros revestidos para melhorias no Museu. O circuito se completava com a presença especial de autores de livros infanto-juvenis, junto a suas obras: Anna Cruz, Luiz Peixoto Ramos (o Jabotigão) e Igor Quadros.
De acordo com Wanda Okada, coordenadora de Museologia do Museu Goeldi e uma das organizadoras da programação, as atividades foram pensadas para se distribuírem de forma equilibrada pelo Parque, em locais que muitas vezes recebem pouca atenção do público: “Como esperávamos um público muito grande, além do bambuzal, as atividades foram distribuídas também pela lateral da Rocinha e ao lado da diretoria do Museu, para que que a programação especial estivesse confortavelmente no máximo de espaços possíveis”, diz Wanda.
Espaço de tranquilidade – Sentada e com Emily em pé ao seu lado, Gleice também salienta que o espaço físico do Parque é muito importante. “Poder passear aqui, a criança ficar um pouco mais solta, sem perigo de carro, moto” são fatores que, de acordo com a diarista, fazem do Parque Zoobotânico do MPEG uma escolha tranquila para os passeios.
Já Taís Cardoso, mãe de Ana Luiza, de 1 ano, disse que o espaço é muito mais acessível do que shoppings e praia. “E ela [Ana Luiza] gosta muito dos bichinhos”, adicionou a mãe.
No caso do pedreiro Paulo Costa e de seu filho Marcos Vinícius, de 11 meses, a decisão foi tomada coletivamente pelo grupo religioso ao qual pertence Paulo, especialmente pelas crianças: “A gente tá hoje aqui porque é um lugar bem arejado, descontraído, para que as crianças não fiquem sufocadas. Como é o Dia das Crianças, nós como pais tínhamos que dar umas folgas e deixar eles escolherem”.
Além da programação especial, visitantes como Emily, Gleice Taís e Ana Luíza, contaram ainda com os 5,4 hectares de área verde do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, lar de mais de 1.700 animais que vivem soltos e em viveiros, junto a mais de 500 espécies vegetais e monumentos históricos como a Rocinha, casa de campo do século XIX que recebe exposições sobre as sociedades e natureza da Amazônia.
Atualmente, a Rocinha abriga também o Salão 150, onde o público pode conhecer um pouco mais da história do Museu Goeldi e participar de mostra interativa, trazendo uma foto impressa para fazer parte do mural “Museu e você”, em comemoração aos 150 anos da instituição.
O Museu - O Museu Paraense Emílio Goeldi foi fundado em 6 de outubro d 1866 e atualmente é um Instituto de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil (MCTIC). É uma das três maiores instituições detentoras de coleções científicas do país. São cerca de 4,5 milhões de itens tombados, 18 coleções científicas e seis programas de pós-graduação. Dividido em quatro bases físicas, o Parque Zoobotânico é seu espaço mais antigo e popular, localizado no centro de Belém, e dedicado à educação ambiental e patrimonial.
Texto: Juliana Araujo e Uriel Pinho