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Congresso Internacional de Etnobiologia: inscrições com desconto até 31 de maio
Agência Museu Goeldi – O Belém+30 está chegando e mais de 30 países já confirmaram sua participação nesse que é um dos maiores eventos de sociobiodiversidade do mundo. Entre os dias 7 e 10 de agosto, a capital do Pará recebe o XVI Congresso Internacional de Etnobiologia, o XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, a IX Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e a I Feira Mundial da Sociobiodiversidade.
Inscrições – O Belém+30 será realizado no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. O prazo para submissão de trabalhos individuais encerrou no dia 30 de abril. As inscrições com descontos foram prorrogadas até 31 de maio. As inscrições devem ser feitas pelo site do evento. Representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais podem ser inscrever gratuitamente desde que comprovem o pertencimento.
Países confirmados – Além do Brasil, Alemanha, Angola, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Equador, Estados Unidos, Finlândia, França, Guiana Francesa, Holanda, Hungria, Índia, Japão, México, Nova Zelândia, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Quênia, Reino Unido, República Guiana, Suriname, Tadjiquistão e Tailândia são os países que já confirmaram participação.
Programação – Durante os quatro dias oficiais do evento, o público vai participar de palestras, sessões acadêmicas, mesas de trabalho, sessão de pôsteres, minicursos e uma extensa programação artístico-cultural com apresentações de carimbó, lundu, marujada, guitarrada, capoeira, tambor de crioula, cordão de pássaros, bois, entre várias outras manifestações. O objetivo é proporcionar o intercâmbio e o fortalecimento da identidade cultural, a partir da diversidade dos grupos étnicos de várias partes do planeta e que estarão presentes no Belém+30. Entre as principais atrações do encontro, destaca-se a I Feira Mundial da Sociobiodiversidade. A intenção é promover a produção familiar e a forma como as comunidades se relacionam com a floresta para a obtenção de seus patrimônios, sejam alimentares, material ou imaterial.
Declaração de Belém – A programação vai marcar os trinta anos do primeiro Congresso Internacional de Etnobiologia, realizado no Pará, em 1988. Na época, pesquisadores das ciências sociais e naturais, ambientalistas e representantes indígenas de 25 países elaboraram a Declaração de Belém. O documento norteia o trabalho dos pesquisadores em relação a garantia dos direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.
“A Declaração de Belém, inclusive, teve influência em alguns artigos da Convenção da Diversidade Biológica, um documento, que muitos países assinaram, sobre essa questão dos direitos dos povos tradicionais. Por tanto, a declaração é uma espécie de regimento a ser seguido e a ser observado com afinco pelos pesquisadores. A gente sabe que as leis, hoje, estão cada vez mais sendo reformatadas no sentido de condicionar essas comunidades tradicionais que são detentoras desse conhecimento sobre a biodiversidade”, afirma o professor e pesquisador da UFPA, Flávio Barros, um dos organizadores do evento.
Com o tema central “Belém +30: os direitos dos povos indígenas e as populações tradicionais e o uso sustentável da biodiversidade, três décadas após a Declaração de Belém", o principal objetivo do evento é refletir sobre as conquistas e os desafios da carta de Belém, três décadas depois do primeiro encontro internacional de Etnobiologia.
Para o professor Flávio Barros, hoje a biodiversidade gera na geopolítica global muitos conflitos de interesse. “Por um lado, tem o grande capital, o agronegócio ou as grandes empresas querendo se apropriar de maneira capitalizada da biodiversidade, para uma perspectiva de lucro. Por outro lado, temos as comunidades tradicionais, os agricultores, os povos indígenas que mantém um outro tipo de relação com a natureza. É uma biodiversidade que é útil a reprodução da vida, tanto no campo material como simbólico. E essa biodiversidade tem o objetivo principal de trazer o bem viver para essas pessoas”.
Organização – O evento é promovido pela Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e a Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE). Em Belém, a organização é da Universidade Federal do Pará (UFPA), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), em parceria com diversas outras instituições de ensino e pesquisa da região, incluindo a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), a Universidade Estadual do Pará (UEPA) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Serviço | Belém+30 – XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia; XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, IX Feira Estadual de Ciência, Teconologia e Inovação e I Feira Mundial de Sociobiodiversidade.
Data: 7 a 10 de agosto de 2018.
Local: Hangar Centro de Convenções da Amazônia | Belém (PA).
Inscrições com desconto até 31 de maio.
Mais informações no site do evento.