Notícias
Colóquio Amazônias, Cidades e Jardins começa nesta quarta (13)
Agência Museu Goeldi – O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) sedia entre os dias 13 e 15 de junho, no Parque Zoobotânico, o II Colóquio Amazônias, Cidades e Jardins: arquitetura da paisagem e cultura paisagística. O evento busca aproximar as teorias da paisagem das práticas socioespaciais, tendo como foco as cidades amazônicas. O colóquio é uma realização do Grupo de Pesquisa Paisagens Híbridas, da Escola de Belas Artes (EBA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com diversas instituições de ensino e pesquisa, entre elas o Museu Goeldi.
Sob coordenação do pesquisador da UFRJ, Rubens de Andrade, o fórum é voltado para estudantes e profissionais que atuam no campo dos estudos da paisagem e na gestão pública das cidades da Amazônia. O evento tem como principal objetivo discutir aspectos de ordem natural ou não-natural, consolidados historicamente nas paisagens urbanas da região.
Programação – A programação contará com mesas-redondas e debates realizados em torno de três eixos temáticos: morfologia, usos e fluxos cotidianos das cidades e simbolismos culturais e religiosos que se manifestam na arquitetura paisagística da Amazônia.
O Museu Goeldi participa na sexta-feira (15), às 10h, da mesa-redonda “Memória, usos e cultura paisagística dos parques públicos e unidades de conservação de Belém”. Na mesa, a ecóloga Ima Vieira, pesquisadora titular e ex-diretora do Museu Goeldi, fará a palestra “Transformações ambientais e sustentabilidade na Região Metropolitana de Belém (RMB)”.
“Em um dos pontos da palestra, irei falar do Museu Goeldi como um dos fragmentos florestais existentes na área metropolitana de Belém, da sua importância para o meio ambiente urbano e como o explosivo crescimento da cidade impactou nos benefícios e serviços ecossistêmicos desse rico patrimônio biocultural”, adianta Vieira.
De acordo com estudos ecológicos realizados por pesquisadores do MPEG, foram identificados 154 fragmentos florestais na Região Metropolitana de Belém, com tamanhos que variam entre um e 393 hectares. O Parque Zoobotânico e o Bosque Rodrigues Alves estão entre os menores fragmentos florestais da região e possuem alto grau de isolamento. Ima Vieira também conta que serão tratadas ainda questões que envolvem a sustentabilidade a partir da avaliação de um aglomerado urbano amazônico, como a RMB. “Falar de sustentabilidade urbana é fundamental, principalmente quando se é constatado uma grande desigualdade socioespacial na cidade”, destaca a pesquisadora.
O arqueólogo Marcos Magalhães, pesquisador titular da Coordenação de Ciências Humanas do Museu Goeldi, faz a conferência de encerramento do evento sob o título “Amazônia: o paraíso perdido” na tarde do dia 15 de junho. Magalhães coordena os estudos arqueológicos na Serra de Carajás e seu livro mais recente é “Amazônia Antropogênica”. Clique aqui para assistir o booktrailler do livro.
Inscrições - As inscrições para ouvintes estão abertas até quarta-feira (13) e devem ser feitas no site do evento. O valor para profissionais é 100 reais e para estudantes de graduação e pós-graduação, 60. No final do evento, será emitido certificado de participação com a carga horária correspondente. Para mais informações sobre as inscrições e a programação do colóquio, acesse aqui.
Serviço | II Colóquio Amazônias, Cidades e Jardins: arquitetura da paisagem e cultura paisagística
Eixos temáticos: Aspectos biofísicos e socioespaciais das cidades amazônicas; Migrações transculturais: a arte e o campo do sensível na construção da paisagem na Amazônia; Diálogos transdisciplinares no ideário urbano-paisagístico: o imaginário e o potencial simbólico amazônico.
Data: 13 a 15 de junho de 2018.
Local: Auditório Alexandre Ferreira, Parque Zoobotânico do Museu Goeldi (Av. Gov. Magalhães Barata, 376 - São Bráz).
Inscrições no site do evento. (Valor: R$100 para profissionais e R$60 para estudantes).