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Cartas esclarecem os impactos da situação orçamentária do Museu Goeldi
Agência Museu Goeldi – Em coletiva a imprensa, também transmitida ao vivo pelo perfil institucional na plataforma Facebook, na tarde de hoje (4/08) o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi, Dr. Nilson Gabas Jr, confirmou que, se for mantido o atual quadro orçamentário, duas bases físicas da instituição terão que ser fechadas – o Parque Zoobotânico e a Estação Científica Ferreira Penna. Leia a integra da carta aberta da direção do Museu Goeldi.
O Parque Zoobotânico do Museu Goeldi foi criado em 1895 e está situado no centro urbano de Belém, com uma área de 5,2 hectares. É o mais antigo do Brasil no seu gênero e inclui em seu roteiro também o mais antigo aquário público nacional, prestes a ser reaberto após 10 anos fechado para reforma e adaptações para nova concepção. O parque abriga exposições e uma significativa mostra da fauna e flora amazônicas. Recebe anualmente mais de 400 mil visitantes, e está aberto ao público de quarta-feira a domingo, das 9h às 17h.
A longevidade, a tradição, a diversidade e o ingresso a um valor baixo (R$3,00) o tornaram uma atração popular, que faz parte da vida de gerações e gerações de moradores de Belém e de seus visitantes. O espaço funciona como uma sala de aula, onde o público entra em contato com o trabalho de investigação científica da instituição, referência obrigatória nos estudos sobre a Amazônia.
O Zoobotânico abriga cerca de 500 espécies de plantas, entre ervas, cipós, arbustos e árvores de grande porte no Parque, representadas por aproximadamente dois mil indivíduos arbóreos e arbustivos. A fauna está composta por cerca de 80 espécies de aves, mamíferos, quelônios e répteis. Um jardim histórico com paisagismo que procura apresentar as feições das áreas de florestas de terra firme e inundadas. Uma área plantada, que apresenta um caso bem sucedido de restauração florestal no centro da capital paraense, onde o público pode conhecer o universo amazônico.
A Estação Científica Ferreira Penna está situada na Floresta Nacional de Caxiuanã, entre os municípios de Melgaço e Portel, no arquipélago do Marajó (PA). Foi implantada há 23 anos e é sede de diversos experimentos de longa duração e redes de monitoramento mundiais, além de funcionar como um laboratório avançado para pesquisas sobre o funcionamento de florestas tropicais. Ali, o Museu Goeldi desenvolve, além de pesquisas, um amplo programa de educação em dois dos municípios com que apresentam os mais baixos indicadores sociais do país. Leia a íntegra da Carta Aberta do Coordenador da Estação ao Presidente do CNPq.