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Boletim do Museu recebe nota máxima
Depois da avaliação A1 para Linguística, divulgada em fevereiro, agora foi a vez da Antropologia e da Arqueologia receberem A1 na mais recente avaliação do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas no Qualis/Capes.
"A ascensão aos estratos mais altos nas áreas fins do Boletim na última avaliação quadrienal do Qualis-Periódicos/Capes é resultado da consolidação do Boletim do Museu Goeldi como um dos principais periódicos científicos em sua áreas específicas de publicação," diz a linguista e coordenadora de pesquisa e pós-graduação do Museu Goeldi, Ana Vilacy Galúcio.
Para ela, "o compromisso com a qualidade e o aprimoramento constante dos serviços prestados pelo Boletim do Museu Goeldi Ciências Humanas estão na base do reconhecimento recebido pelo períodico".
Já a arqueóloga Helena Lima, coordenadora de Ciências Humana do Museu, vê "no Boletim Qualis A1 uma excelente oportunidade para que colegas, sobretudo aqueles trabalhando na Amazônia, divulguem suas pesquisas em um amplo espectro acadêmico de alto nível de qualificação".
Há mais de ano o Boletim circula em versão exclusivamente eletrônica e recebe submissões online através da Plataforma ScholarOne. Através dela, desde 2016 foram processados mais de 150 itens. Para a editora científica do Boletim, a jornalista Jimena Felipe Beltrão, qualidade de conteúdo com periodicidade garantida são a essência da operação editorial do Boletim: "com o trabalho dos editores associados, dos especialistas que avaliam as submissões e uma equipe reduzida, que trabalha sem trégua, temos conseguido manter a periodicidade e a qualidade das edições". Esforço recompensado e nas palavras da antropóloga e editora associada, Claudia Lopez, a avaliação representa "O melhor incentivo para continuarmos trabalhando".
Trajetória amazônica
Para a arqueóloga Cristiana Barreto, editora associada do Boletim, "No momento em que o Museu Goeldi comemora seus 150 anos de existência, nada é mais justo que o Boletim retome seu papel precursor na divulgação científica da arqueologia, visto o papel protagonista da instituição ao longo da história da Arqueologia no Brasil." Para ela, a elevação para A1 nas áreas de Antropologia e Arqueologia também "reflete a maior qualidade das contribuições recebidas e publicadas, fruto sobretudo de todo o trabalho editorial do Boletim".
Com foco em estudos sobre a Amazônia, mas não só, o Boletim tem caráter internacional como destaca a antropóloga Priscila Faulhaber, editora associada, vinculada ao Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), no Rio de Janeiro, para quem a publicação é "periódico científico de livre acesso com alcance internacional".
Em sua apreciação à avaliação da Capes, Priscila destaca que o conteúdo do Boletim "De notas preliminares a artigos mais acabados, mostra a diversidade étnico-social na Amazônia". E lembra que o periódico de hoje se mira "no projeto editorial centenário do boletim de Antropologia e fornece informações científicas abalizadas nas áreas de antropologia, arqueologia e linguística".
Em referência a números temáticos como recurso conhecido em periódicos científicos, Priscila aponta que "Os dossiês são representativos das temáticas relevantes para a pesquisa na região cujos enigmas têm sido fundo para pesquisas nas fronteiras do conhecimento".
Numa proposta de diversificação sem esquecer as suas origens, o Boletim capta e publica conteúdos que extrapolam as fronteiras regionais amazônicas. Quem analisa a tendência é a editora associada para arqueologia, Cristiana Barreto. Em apreciação à trajetória editorial mais recente, ela diz que "Na área de Arqueologia, apesar do foco na região amazônica, temos visto também a submissão de artigos mais teóricos, e não apenas de divulgação de resultados de pesquisa. Além disso, os artigos não mais se restringem apenas às pesquisas realizadas na Amazônia, incluindo artigos de revisão ou síntese da produção científica sobre áreas das terras baixas em geral, o que vem tornando o Boletim uma publicação de referência nacional e internacional dentro da área de Arqueologia como um todo, e não apenas na Arqueologia da Amazônia".
A divulgação de conteúdos é outra face do trabalho desenvolvido no Boletim, que tem atuado em diversos canais disponibilizando, por exemplo,a edição em sua completude no Issuu e conta com perfil no Facebook, onde busca alcançar outros públicos para além da comunidade de especialistas, autores ou não no periódico. "Temos procurado ampliar a divulgação em outros formatos como blogs através de parcerias com a Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC - Brasil) e o Perspectiva Humanas do SciELO.
Confira o site do Boletim, as mais recentes edições no Issuu e o Boletim no Facebook.
Texto: Núcleo Editorial Boletim