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Biblioteca do Museu Goeldi celebra 122 anos
Agência Museu Goeldi - “As bibliotecas são o coração da ciência. O núcleo mais importante de uma instituição científica é seu acervo de documentação”, afirma Aline Paranhos, ex-gestora da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, durante o evento de comemoração pelos 122 anos do espaço, realizado no último dia 27.
Aline Paranhos participou de momentos fundamentais da história da biblioteca do Museu Paraense Emílio Goeldi. Junto a técnicos, bolsistas, gestores e usuários - antigos e novos -, Aline esteve na celebração pelo aniversário do espaço, quando se discutiram os caminhos percorridos e o futuro que se espera. O evento contou com mesa redonda, palestra e uma apresentação cultural.
Em sua palestra “Passado, presente e perspectivas para a biblioteca cientifica do MPEG”, a coordenadora de Informação e Documentação do Museu Goeldi, Gilda Ribeiro, destacou o início da construção do acervo especializado em ciências humanas e naturais com foco na Amazônia, além da aquisição mais recente da biblioteca, a coleção particular do herpetólogo Oswaldo Cunha.
História - A biblioteca começou a ser organizada em 1894, pelo então diretor do “Museu Paraense de História Natural e Etnographia”, Emílio Goeldi. Nos anos posteriores, iniciou a construção de seu acervo a partir de aquisições e permutas, como a de revistas e obras em geral - por meio do International Bureau of Exchanges by the Smithsonian Institutions of Washingthon , nos Estados Unidos, e de diversos instituições científicas ao redor do mundo.
Em seus primeiros anos de funcionamento, recebeu também valiosas doações, como as coleções literárias do príncipe Alberto I, de Mônaco, Príncipe Fernando I, da Bulgária e de obras científicas como a do professor Branner, da Universidade de Stanford, Califórnia. Atualmente a biblioteca conta com cerca de 340 mil exemplares, entre livros, periódicos (nacionais e internacionais), folhetos, teses, dissertações, monografia, publicações seriados, separatas, e material multimídia. Conta ainda com uma coleção especial, que conserva um valioso conjunto de livros raros, antigos e valiosos –alguns datando do século XVI- de grande importância para a Amazônia.
Poranduba – Durante a comemoração pelos 122 anos da biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, foi apresentado o informativo “Poranduba”, cujo significado tem origem tupi e quer dizer “notícia”, “história”. O “Poranduba” contará com notícias, resenhas, informações sobre aquisições da biblioteca e perfil de personalidades da ciência e cultura amazônicas.
O jornalista Lázaro Magalhães, do Serviço de Comunicação Social do Goeldi, fez parte da equipe que desenvolveu o informativo em formato digital. Lázaro destaca que a própria Coordenação de Informação e Documentação (CID) se organizou como um núcleo de conteúdo, criando uma rotina que dá sequência e consolida uma prática de diálogo que eles já realizavam: “O Serviço de Comunicação Social entrou apenas como auxiliar em uma iniciativa própria do CID”, conta.
Rodrigo Paiva, Chefe Substituto do Serviço da Biblioteca, diz que a intenção é divulgar notícias além do sumário de livros e periódicos, estabelecendo uma relação com os usuário que seja coerente com as novas tecnologias e sociabilidades mediadas pelos ambientes digitais. “Com o Poranduba, esperamos poder ir até o usuário de forma não presencial, adaptando as relações da biblioteca e do arquivo ao mundo digital”, afirma.
Acesso – A biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna do Museu Goeldi procura ampliar seus serviços e estreitar sua presença junto ao público, mesmo em um momento de dificuldades orçamentarias e em uma época de fechamento de muitas bibliotecas. Além do atendimento presencial, de segunda à sexta, das 9h às 12h e das 13h às 17h, a biblioteca também realiza atendimento on-line . Além do acervo da biblioteca e do repositório institucional do Museu Goeldi, é possível acessar ainda o Portal de Periódicos da CAPES e contar com serviços de auxílio a pesquisa bibliográfica, normalização de publicações e catalogação na fonte. Para saber mais, consulte a Carta de Serviços ao Cidadão da Biblioteca .
Texto: Uriel Pinho