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Belém sediará Congresso Internacional de Etnobiologia
Agência Museu Goeldi – Pesquisadores, professores, estudantes e representantes de comunidades tradicionais têm até o dia 31 de janeiro para submeter propostas para o XVI Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia. O tema central dos eventos é “Os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e a conservação da biodiversidade três décadas após a Declaração de Belém”. A organização é do Museu Paraense Emílio Goeldi e da Universidade Federal do Pará.
Os proponentes têm cinco modalidades para submissão: sessões, oficinas, minicursos, lançamento de livros e festivais de filmes. Todas devem estar ligadas ao tema central do evento e a um dos seis subtemas: Conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade: aspectos jurídicos, éticos e econômicos; Mudanças globais: percepções e ações locais; Alimentação: diversidade, soberania, inovação e gênero; Ecologia histórica e a ontologia de paisagens; Medicina tradicional, cosmologia e biodiversidade; Manejo e conservação da biodiversidade: diálogos de saberes e experiências.
Além das apresentações de resultados de pesquisa, as propostas também podem seguir outros formatos, como demonstrações culturais, expressões artísticas, contos, relatos e rodas de conversa. O período para as submissões individuais (apresentações orais, pôsteres, filmes e performances) começa no dia 20 de fevereiro e encerra em 1º de abril. Todas as submissões devem ser feitas no site do evento.
Histórico – O primeiro Congresso Internacional de Etnobiologia foi realizado em Belém, em 1988, organizado pelo antropólogo americano Darrell Posey e executado pelo Museu Emílio Goeldi. O evento levou à criação da Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e estabeleceu a Declaração de Belém, documento pioneiro que afirmou a conexão entre as populações tradicionais e a biodiversidade, contribuindo para a formulação do Artigo 8j da Convenção sobre a Diversidade Biológica, durante a ECO-92.
Em 2018, Belém volta a sediar o Congresso da Sociedade Internacional de Etnobiologia, celebrando três décadas de ciência etnobiológica e refletindo sobre os avanços e novos desafios para a biodiversidade e os direitos dos povos indígenas. A extensa programação do evento incluirá conferências com especialistas internacionais, ativistas sociais e lideranças de populações e comunidades tradicionais do Brasil e do exterior, além de sessões científicas, mesas-redondas, fórum indígena, workshops, minicursos, concursos de fotografia e trabalho científico, feira de produtos da sociobiodiversidade, feira gastronômica, feira intercultural e exposições.
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