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A conservação de espécies arbóreas na Amazônia
Agência Museu Goeldi - Nesta quarta-feira (05), às 10h, o Dr. Hans ter Steege profere a palestra “Status de conservação de mais de 15.000 espécies arbóreas da Amazônia”, no Auditório José Maria Pinheiro Condurú, na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA). A entrada é gratuita e aberta ao público, sem necessidade de inscrição prévia.
Doutor em Ecologia Tropical pela Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, Hans ter Steege é pesquisador visitante do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), por meio do Programa Ciência sem Fronteiras (CNPq/MCTI). No Museu Goeldi, Steege integra o corpo docente do novo programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Evolução e participa do projeto de pesquisa “Código de Barras de Espécies Arbóreas da Amazônia (barcoding Caxiuanã)”.
Steege é pesquisador sênior do Naturalis Biodiversity Center e lidera a Rede Amazônica de Diversidade de Árvores - Amazon Tree Diversity Netwok (ATDN). Suas pesquisas focam a diversidade de plantas e os mecanismos que geram e regulam essa diversidade em nível local e regional, abordando ainda os desdobramentos dessas informações científicas para o manejo e elaboração de políticas públicas para a conservação florestal.
Barcoding Caxiuanã – O objetivo do projeto “Código de Barras de Espécies Arbóreas da Amazônia (Barcoding Caxiuanã)”, coordenado pelo botânico Rafael Salomão (MPEG), é aplicar o "DNA barcode" em todas as espécies reconhecidas apenas pela morfologia (morfoespécies) nas parcelas estudadas pela rede ATDN na floresta de terra firme da Estação Científica Ferreira Pena, base de pesquisa do MPEG na Floresta Nacional de Caxiuanã, além das depositadas no Herbário do Museu Goeldi.
A ATDN, criada em 2000, reúne cerca de 150 cientistas que investigam perto de 1.500 parcelas bem distribuídas em toda a Bacia Amazônica e no Escudo das Guianas. Segundo seu coordenador, Hans ter Steege, o banco de dados da ADTN contém perto de 1.300 parcelas com a composição completa, somando mais de 600.000 indivíduos e cerca de 5.000 nomes de espécies válidas. Muitas dessas espécies não podem ser identificadas sem flores e frutos. Respostas para várias questões científicas importantes sobre as árvores amazônicas são dificultados pela falta dos nomes de espécies raras dentro e fora das parcelas.
De acordo com Steege e seus colaboradores, pelo menos 16 mil espécies de árvores ocorrem na Amazônia, sendo que 11 mil têm uma população inferior a 1 milhão de indivíduos. Encontrar essas árvores (algumas das quais podem estar no banco de dados, mas não podem ser identificadas até o momento) e nomeá-las é um sério desafio.
A expectativa dos especialistas é que com a aplicação da técnica do DNA barcode, a maioria das espécies do banco ATDN possa ser identificada. A técnica também possibilita que a informação genética obtida possa ser usada para construir modelos sobre a história evolutiva da Amazônia.
Serviço
Palestra “Status de conservação de mais de 15.000 espécies arbóreas da Amazônia”
Palestrante: Dr. Hans ter Steege
Data: 05 de agosto de 2015
Horário: 10h
Local: Auditório José Maria Pinheiro Condurú, Embrapa Amazônia Oriental, Belém (PA). Tv. Dr. Enéas Pinheiro, s/n, com Av. PerimetralPalestra “Status de conservação de mais de 15.000 espécies arbóreas da Amazônia”, ministrada pelo Dr. Hans ter Steege. Dia 05/08, as 10h, no Auditório José Maria Pinheiro Condurú, Embrapa Amazônia Oriental, Belém (PA). Tv. Dr. Enéas Pinheiro, s/n, com Av. PerimetralPalestra “Status de conservação de mais de 15.000 espécies arbóreas da Amazônia”, ministrada pelo Dr. Hans ter Steege. Dia 05/08, as 10h, no Auditório José Maria Pinheiro Condurú, Embrapa Amazônia Oriental, Belém (PA). Tv. Dr. Enéas Pinheiro, s/n, com Av. Perimetral
Texto: Uriel Pinho