O Laboratório de Microscopia Eletrônica de Varredura (LME) é parte do conjunto de Laboratórios Institucionais do Museu Paraense Emílio Goeldi, estando instalado no Campus de Pesquisa, no bloco de laboratórios anexo ao Departamento de Ciências da Terra e Ecologia (COCTE). Criado no ano de 2000, com recursos dos fundos setoriais (CT-PETRO/MPEG), este laboratório tem como principal objetivo apoiar projetos de pesquisa desenvolvidos pelos diversos departamentos do MPEG. Além dos projetos internos, o Laboratório de Microscopia Eletrônica de Varredura também atende usuários de instituições que atuam em parceria com o MPEG, da comunidade científica nacional e como prestador de serviços a empresas públicas e privadas. Também beneficia os programas de cursos de pós-graduação no Museu Goeldi, de instituições do Estado do Pará e outros estados.
Infraestrutura Física
Instalado em espaço com 117 m², compreendendo salas para os microscópios eletrônicos, preparação de amostras, sala para alojamento dos nobreak's de grande porte que alimentam os microscópios eletrônicos e salas para o coordenador e técnico.
Equipamentos
O laboratório conta com dois microscópios eletrônicos: um Microscópio eletrônico de varredura LEO 1450VP, com filamento de tungstênio, adquirido em 2000, e um Microscópio eletrônico Tescan Mira3, com canhão de elétrons tipo FEG (field emission gun), instalado em agosto de 2017.
Capacidades
Os dois microscópios eletrônicos são equipados com sistemas de microanálise por espectroscopia de raios-X por dispersão de energia (EDS). Os equipamentos de apoio consistem de metalizadores de amostras à base de carbono, ouro, platina ou ouro-paládio e de preparação de amostras biológicas (desidratação por ponto crítico de CO2), gerando imagens digitais de alta resolução de amostras biológicas, minerais e materiais sólidos de qualquer natureza.
A necessidade de investigar e conhecer os detalhes dos objetos fez com que os pesquisadores desenvolvessem equipamentos que os ajudassem nessa tarefa. Para isso foram criados os microscópios óticos, divididos em inúmeras categorias, desde as simples lupas até os microscópios binoculares mais modernos. Porém mesmo os modelos mais sofisticados de microscópios óticos esbarram em uma limitação física, que é a luz. Esta radiação, responsável pela geração das imagens que obtemos nos microscópios óticos, é composta por uma série de ondas, cada uma com comprimentos próprios, que definem as cores básicas que podemos distinguir com nossos olhos. Como estes comprimentos de ondas são relativamente grandes, eles limitam o grau de detalhe que conseguiremos atingir na geração das imagens dos nossos objetos. Este grau de detalhe de um objeto que conseguimos visualizar é denominado resolução. Para que se possa então melhorar a resolução de nossas imagens é necessário um equipamento que utilize um tipo de radiação que tenha um comprimento de onda menor do que o da nossa luz visível. Este equipamento é o microscópio eletrônico, que em vez de luz, utiliza um feixe de elétrons para gerar as imagens. Este feixe de elétrons tem um comprimento de onda muito curto e por isso tem a capacidade de definir, com nitidez, detalhes que não poderiam ser captados em imagens criadas com o auxílio da luz. Diz-se então que as imagens geradas através do microscópio eletrônico têm uma maior resolução do que as geradas pelo microscópio ótico. As figuras a seguir podem mostrar isso com mais clareza, observando-se a grande resolução das imagens obtidas através do microscópio eletrônico.
Solicitações de Análises
O agendamento de períodos de utilização do MEV é feito através solicitação encaminhada ao email lme@museu-goeldi.br
Museu Paraense Emílio Goeldi
Campus de Pesquisa
Av. Perimetral, 1901. Terra Firme.
66077-830 – Belém – PA
E-mail: lme@museu-goeldi.br