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Museu - Projetos brasileiros de redução de emissões de carbono podem ser financiados por Fundos Verdes internacionais
Fundo Verde da ONU é um dos que podem financiar projetos de desenvolvimento sustentável no Brasil (Foto: Divulgação)
Iniciativa da ONU é um dos que podem financiar vários projetos de desenvolvimento sustentável no país
O Brasil ganhou nova oportunidade para desenvolver projetos que reduzam as emissões de carbono visando o combate às mudanças climáticas. Trata-se dos Fundos Verdes Internacionais, que financiam programas sustentáveis destinados a ajudar a reduzir as emissões de carbono pelo país.
A novidade foi anunciada pela Secretaria de Estruturas Financeiras e de Projetos (Sefip), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que desde o ano passado vem trabalhando para que Fundos Verdes Internacionais, criados para apoiar iniciativas sustentáveis de mitigação de emissões e adaptação, direcionem recursos também para o Brasil.
Entre projetos próprios e de unidades vinculadas, o MCTI identificou 13 iniciativas aptas a buscar financiamento do Fundo Verde do Clima (Green Climate Fund – GCF), da Organização das Nações Unidas (ONU), que financia programas dos setores público e privado para atingir objetivos e metas de desenvolvimento sustentável.
A coordenadora-geral de Modelagem de Projetos da Sefip, Daniela Jono, informa que a missão do ministério é a de adequar propostas para atender aos critérios de investimento dos fundos verdes, que demonstram interesse em financiar projetos em um país que tem grande capacidade de produção sustentável de suas florestas.
“O Brasil é um país muito focado por estes fundos, até mesmo pela capacidade de produção sustentável das florestas brasileiras. O MCTI possui uma ampla variedade de projetos no tema. Podemos citar o Projeto Monitora (Inpe); Data Clima+ e Regenera (Sepef/MCTI); Aproveitamento de Resíduos e Energia do Hidrogênio (SempiI/MCTI); Amazônia em Transição e Amazon Face (Inpa); Concessões Florestais (Museu Paraense Emilio Goeldi), Semiárido Sustentável (Insa); e Carbono Azul (Sepef/MCTI) em conjunto com o MAPA”, enumera Daniela Jono.
Segundo o MCTI, dentro do Fundo Verde do Clima, da ONU, por exemplo, os investimentos variam entre US$ 10 milhões e até acima de US$ 250 milhões, a depender do porte dos projetos. Outros fundos, de acordo com o ministério, são focados em valores a partir de US$ 5 milhões, que podem financiar projetos nas áreas de agricultura; florestas e uso da terra; energia e transporte; água e saneamento; e resíduos sólidos.
Reduzir dependência do orçamento público
A coordenadora Daniela Jono também explica que a iniciativa faz parte do escopo geral da Sefip de diminuir a dependência dos projetos nacionais do orçamento público. “Sabemos que hoje temos uma grande dependência de investimentos de recursos públicos para projetos de CT&I. Isso acaba representando um grande desafio para a consecução exitosa desses projetos, uma vez que que estes recursos são escassos e limitados”, assinala Jono.
Nesse contexto, segundo a coordenadora, a Secretaria de Estruturas Financeiras e de Projetos, do MCTI, tem atuado exatamente com o objetivo de gerar possibilidades adicionais de fontes de investimentos para os projetos brasileiros terem mais chances de serem financiados e viabilizados.
Jopo destaca, ainda, que outras frentes de atuação da sua secretaria são identificar novas fontes de financiamento; capacitar as unidades de pesquisa para a formulação dos seus projetos e fazer articulação com instituições como o Ministério da Economia, que representa o Brasil no GCF, Banco Mundial e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).